Em mais um investimento milionário com dinheiro público o governo de Wilson Lima (União Brasil), contratou a empresa Cotrap Construtora e Transportadora Pioneiro Ltda, por quase R$ 16 milhões através da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), que é comandada por Marcellus Campêlo, conhecido como “super secretário”.
De acordo com a publicação do diário oficial do Estado, a empresa que pertence ao empresário Vitor Cesar Catuzzo Marmentini foi contratada por Wilson e Marcellus para realizar serviços de engenharia, manutenção e recuperação do sistema viário urbano do Município de Apuí. O contrato com a empresa foi realizado no início deste mês. No documento não consta o prazo de vigência para a realização das obras.
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Empresa suspeita
Uma publicação realizada pelo site CNN aponta, que essa é uma das empresas que realiza centenas de voos todos os anos, tanto para clientes privados como para o poder público. O site diz que a empresa COTRAP já passou por suspensões ou interdições cautelares de aeronaves por indícios de voo não autorizado, segundo documentos oficiais da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Acidente
Um avião da empresa caiu no dia 13 de julho de 2013, logo após decolar do aeroporto de Manaus (AM) Eduardo Gomes com destino a Apuí (408 quilômetros de distância da capital do Amazonas). Na época, duas pessoas morreram e outras três ficaram gravemente feridas.
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Em junho de 2017, o Ministério Público Federal no Amazonas denunciou à Justiça Federal os sócios-administradores da Construtora e Transportadora Pioneiro Ltda. (Cotrap) e da empresa Apuí Táxi Aéreo pela queda do avião por entender que houve omissão e negligência por parte dos empresários ao mudar o tipo de transporte (público para privado) e autorizar o voo mesmo com detecção de instabilidades e anormalidades da aeronave.
ANAC
O relatório final do Centro de Investigações de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que, “em razão de o incêndio ter consumido praticamente toda a aeronave, durante a ação inicial não foi possível encontrar evidências que indicassem falha mecânica ou mau funcionamento de algum sistema da aeronave”.
Aditivos COTRAP
Além do contrato de quase R$ 16 milhões, a empresa possui diversos termos aditivos publicados no diário oficial do Amazonas. Grande parte dos contratos são com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) para serviços de engenheira e fornecimento de asfalto.
Nota sem resposta
Mais uma vez solicitamos o posicionamento do governo do Amazonas, mas até o fechamento desta reportagem não recebemos nenhuma resposta.