O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), publicou críticas contra censura, em primeira postagem no X, em volta súbita da rede social, nesta quarta-feira (18). A plataforma está bloqueada no país pelo Supremo Tribunal Federal desde do último mês de agosto.
Bolsonaro parabenizou, na publicação, a “defesa” da democracia no Brasil e sem citar o ministro Alexandre de Moraes, escreveu que o bloqueio foi “censura prévia, prática vedada pela Constituição e uma grave violação de direitos”.
“Parabenizo a todos pela pressão que fazem as engrenagens circular na defesa da democracia no Brasil. Desistir não é uma opção e os senhores é que alimentam um futuro próspero a nosso país. Nos últimos dias, os brasileiros testemunharam acontecimentos que lançaram ainda mais luz sobre os graves retrocessos à liberdade no Brasil”, escreveu.
Na postagem, ele menciona uma suposta censura prévia na Folha de S. Paulo, por Moraes. Segundo ele, o ministro teria impedido a publicação de uma entrevista com Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente – que ficou preso cerca de 6 meses, sem julgamento, após ter feito uma viagem com Bolsonaro no fim do mandato do então presidente.
“O mesmo ministro transformou uma discussão banal sobre uma fila de aeroporto em um ‘atentado à democracia’, tornando uma família ordeira e cumpridora da lei parte de um inquérito sem qualquer justificativa legal”, acrescentou.
Retorno não oficial
A ‘volta’ do funcionamento da plataforma aconteceu com a utilização da tecnologia proxy reverso, que leva os usuários ao servidor Cloudflare, uma empresa que protege e otimiza o trabalho em sites.
Com a ferramenta, o bloqueio do X se torna inviável, pois o serviço é usado também por sites de empresas e do governo, assim como o próprio site do Supremo Tribunal Federal. O bloqueio do Cloudflare resultaria na queda de inúmeras serviços de internet no país.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a mesma não recebeu ordem para liberar a plataforma do Brasil. A Anatel afirma que decisão não foi alterada e agora verifica os acessos irregulares na rede. O Supremo Tribunal decidiu não se pronunciar sobre o assunto.