Terça-feira, 22 Abril

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), adiou mais uma vez, nesta quarta-feira (17), a votação da PEC 65/2023 que concede mais autonomia ao Banco Central (BC). A proposta se estende no Senado por divergências com o Governo Lula.

A PEC que será votada somente em agosto, é tema de discussão entre o presidente Lula e senadores da oposição. O relator da proposta, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), já citou, anteriormente, que a discussão “está se tornando uma picuinha entre o presidente do Banco Central e o presidente Lula”.

Por outro lado, o presidente Lula afirma que o presidente do BC, Roberto Campos Neto – indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao cargo – é o principal responsável pela alta dos juros, taxa selic de 10,5%, que segundo Lula é “exagerada”. A decisão foi tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que manteve a taxa básica, após cortes desde de agosto do ano passado, com o então percentual de 13,75%.

O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), elogiou Campos Neto, durante sessão, chamando-o de “amigo pessoal” e “grande brasileiro”, após o vice-líder do Senado, Jorge Kajuru (PSB-GO), que chamou o presidente do BC de “antibrasileiro” e “desprezível”.