O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu normatizar os trabalhos através de plataformas digitais, como a Uber. Segundo ele, a medida visa obter garantias de proteções mínimas e controlar a exploração da jornada.
Marinho disse que “sente muito” se essas empresas não gostam do assunto, e que não quer que a Uber ou qualquer outra empresa deixe o mercado brasileiro, mas entende ser basilar a formalização da atividade.
– Se a Uber e as outras plataformas não gostarem de um processo de formalização, eu sinto muito – declarou o ministro durante evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.
– A Uber não irá embora porque o Brasil é mercado número um, mas ninguém quer que ninguém vá embora. Pelo contrário, nós queremos é garantias de proteção social a esses trabalhadores, a valorização do trabalho. Tem que ter regras, controle para não ter excesso de jornada – defendeu.
Controverso, Marinho declarou no mês passado, em entrevista ao Valor Econômico, que não se preocupava com a saída da Uber do país, caso a empresa discorde da regulamentação dos prestadores de serviço que atendem a plataforma. Foi aí que ele disse a célebre frase que virou meme, sugerindo que, numa eventual evasão da Uber, os Correios poderiam suprir a demanda.