A Associação de Gestão, Inovação, e Resultados em Saúde ( OS Agir), escolhida pelo governo Wilson Lima para comandar unidades de Saúde em Manaus, acaba de ter o contrato suspenso com o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) de Goiânia, por suspeita de irregularidades. A decisão é do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).
Em Goiás, a Organização Social (OS) é suspeita de simular uma concorrência para favorecer uma empresa dentro do Hecad. A Shirley de Souza Correa Perillo Ltda venceu um processo para procedimentos cirúrgicos e assinou o contrato no mesmo dia, gerando a representação acatada pela Justiça por suspeita de simulação de concorrência.
Em Goiás, a OS queridinha do governador do Amazonas administrará o Hecad por 4 anos, por R$ 615 milhões. O contrato suspenso pela Justiça nesta segunda-feira é de outubro de 2024 e a denúncia corre na 4ª Vara Cível na quinta-feira (13/2), que aponta “indícios da suposta ilegalidade no processo de chamamento”.
A Agir nega e diz que age “de acordo com as diretrizes do Regulamento de Compras da unidade, garantindo total transparência e legalidade”.
AGIR E GOVERNO DO AMAZONAS LEVANTAM SUSPEITAS EM MANAUS
O mesmo tipo de procedimento que ocorreu em Goiás foi denunciado no Amazonas pelo Portal Alex Braga. A equipe de jornalismo obteve uma foto de um encontro entre a Secretaria de Saúde do Governo Wilson Lima e representantes da Agir, antes mesmo da Organização Social vencer a disputa bilionária pelo controle do Hospital 28 de Agosto e o Instituto Dona Lindu.
No Amazonas a concorrência renderá R$ 2 bilhões de verba pública aos cofres da empresa. A imagem registra o encontro do dia 14/08/2024, entre a Secretária Nayara Maksoud, e o médico ortopedista Sérgio Daher, superintendente de relações institucionais da Agir,. O encontro ocorreu 27 dias antes da sessão pública de recebimento e abertura dos envelopes do processo licitatório.
A postagem foi publicada nas redes sociais do Instagram do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), e levanta indícios de suposto direcionamento do processo de licitação, de R$ 2 bilhões vencido pela Agir.
No dia dia 11 de novembro foi publicada a portaria n.º 968/2024-SES/AM de homologação – 11/11, tendo como vencedora a Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), que desde a chegada às duas unidades é alvo de denúncias de médicos, enfermeiros e pacientes, tanto em relação à demora e falta de atendimento, expulsão de profissionais com mais de 20 anos de serviços prestados no 28 de Agosto, e esvaziamento do Hospital, com consequente sobrecarga na rede pública de Saúde.
