Prefeituras do interior do Amazonas deixaram de nomear os aprovados em concursos públicos nos municípios de Uarini e Manacapuru.
Candidatos aprovados que abdicaram de tempo, gastos, muito estudo e dedicação no fim todos os esforços foram frustrados.
Em Uarini, que fica há mais de 564.44 km de distância de Manaus, o Prefeito Marcos Martins (UB) estaria atrasando de forma intencional a nomeação e convocação da 2ª chamada de aprovados nos concursos públicos da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e da Prefeitura Municipal.
Ao todo, os editais 002 e 003 de 2023 previam a nomeação e o chamamento de 729 aprovados, sendo parte destes convocados pelo prefeito anterior, Antônio Waldetrudes (PSD), em uma primeira chamada no fim de seu mandato, em dezembro de 2024.
Após isso, o atual prefeito, Marcos Martins, entrou com pedido de medida cautelar, junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), solicitando a revogação das nomeações, alegando que o prefeito anterior convocou os concursados nos últimos meses de sua gestão, comprometendo a estabilidade financeira do município, em possível desrespeito às leis orçamentárias.
No entanto, Marcos teve seu pedido negado pela corte de contas, sendo obrigado a manter os nomes chamados, contudo não chamou os demais aprovados.
Conforme mostra a denúncia, foram emitidos diversos termos de chamamento pela prefeitura, os quais foram assinados pelos aprovados, mas não foram assinados nem pelo prefeito Marcos Martins, nem pelo Secretário de Administração, porém mesmo assim, eles não tomaram posse dos seus cargos.
Já em Manacapuru, área metropolitana, houve até manifestações na frente da Câmara e da Prefeitura Municipal dos aprovados no concurso público da prefeitura que foi realizado em 2024 e ofertava mais de 2 mil vagas no município.
Em janeiro deste ano, o concurso foi suspenso pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) após o Ministério Público do Estado (MPAM) identificar irregularidades como inconsistência nas classificações e falta de transparência.
A suspeita foi que um candidato que realizou provas para dois cargos distintos no mesmo dia e horário, configurando, segundo o MPAM, uma violação à isonomia e à lisura do certame. Também foram detectadas falhas na aplicação das cotas e a ausência de espelhos dos cartões de resposta, impedindo os candidatos de conferirem seus desempenhos.
A população clamava por concurso público desde 2018. Agora enfrenta a boa vontade da prefeita em nomear os aprovados.