Manaus – O Processamento de Dados do Amazonas (PRODAM), firmou contratos milionários com a Unimed para planos de saúde para seus 390 funcionários. Os valores chegam a mais de R$ 21,4 milhões. Enquanto alguns são beneficiados, milhares de amazonenses sofrem esperando atendimento nas unidades de pronto socorro e hospitais de grande porte.
A Prodam é uma entidade ligada ao Governo do Amazonas e desde 2022 a empresa firma contratos de planos de saúde com a Central Nacional Unimed, o contrato e os aditivos foram publicados no Diário Oficial e os valores total chegam a R$ 21.423.670,93 (vinte e um milhão, quatrocentos e vinte e três mil, seiscentos e setenta reais e noventa e três centavos).
Vale ressaltar que a Prodam não justificou quais seriam os critérios de escolha da empresa Unimed e nem especificou se os familiares destes servidores também seriam agraciados com o plano.
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Prodam firma contratos milionários com Unimed
A Prodam – Processamento de Dados Amazonas S/A é uma sociedade de economia mista, de capital fechado, com controle acionário do Governo do Estado. Atualmente a empresa encontra-se vinculada, administrativamente, à Secretaria de Administração e Gestão (SEAD).
A Prodam desde 2022 vem firmando contratos milionários com a Unimed com a justificativa de contratação que opere plano de assistência à saúde. O primeiro extrato de contrato n° 016/2022 foi realizado por meio de Pregão Eletrônico.
O contrato entre a Prodam e a Unimed ocorreu no dia 22 de setembro de 2022 e foi assinado pelo diretor-presidente Lincoln Nunes da Silva. O valor na época foi de R$ 4.638.267,96 (quatro milhões, seiscentos e trinta e oito mil, duzentos e sessenta e sete centavos).
Confira

Em outubro de 2023 a Prodam realizou o 1° termo aditivo com a Unimed, a partir desse contrato já houve uma alteração de valores com o aumento de R$ 188 mil reais. A recontratação desse serviço foi para R$ 4.826.581,64 (quatro milhões, oitocentos e vinte e seis mil, quinhentos e oitenta e um reais e sessenta e quatro centavos).
Confira 1° termo aditivo

O segundo termo aditivo, estranhamente ocorreu por apenas três meses, entre setembro de 2024 a dezembro do mesmo ano.
Neste termo, a Prodam colocou como objeto apenas prorrogação de prazo e durante esses poucos meses pagou mais R$ 4.826.581,64 para a Unimed. Confira o documento.

O terceiro termo aditivo ao contrato n° 016/2022 foi assinado no dia 02 de janeiro deste ano. Em poucos dias de diferenças do fim de vigência a Prodam firmou um novo contrato.
Neste 3° termo, o aumento foi grotesco. Um aumento de mais de R$ 2 milhões neste termo.
O novo contrato agora é no valor de R$ 7.132.239,69 (sete milhões, cento e trinta e dois mil, duzentos e trinta e nove reais e sessenta e nove centavos). Confira.

Saúde do Amazonas é um caos
Enquanto a Prodam uma secretaria ligado ao Estado paga milhões em planos de saúde, amazonenses que não ligados à estes órgãos sofre com a crise na saúde pública do Amazonas.
Recentemente o Núcleo Investigativo do PAB, trouxe à tona mais uma polêmica envolvendo a Organização Social (OS) AGIR Saúde em seu período de transição para administrar o Hospital 28 de Agosto e o Instituto da Mulher Dona Lindu.
A OS Agir retirou o Instituto de Terapia Intensiva do Estado do Amazonas Ltda, conhecido por COOPATI, de prestar serviços de Terapias Intensvas dessas unidade. A COOPATI prestava esses serviços nas Unidades de Terapias Intensivas (UTI’s) por mais de 30 anos.

Com a saída do Instituto e dos médicos, outras unidades hospitalares de grande porte do Estado ficaram sobrecarregados gerando caos e não atendimentos ao público.
Apenas os servidores do governo possuem direito a planos de saúde? Fica o questionamento.
Nota
O Núcleo de Investigação do PAB, entrou em contato via e-mail com a Prodam solicitando mais informações sobre o contrato e os termos aditivos com a Unimed.

Até a publicação da matéria nenhum retorno foi nos dado. O espaço continua aberto para manifestações.