Cassado quatro vezes pelo Tribunal Regional de Roraima (TRE-RR), o governador de Roraima, Antonio Denarium, segue no comando do Estado após o julgamento dele ser retirado da pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O líder yanomami Davi Kopenawa escreveu uma carta a presidente Carmem Lucia pedindo que ela coloque em pauta novamente o julgamento.
Além de cassado, Denarium foi denunciado por incentivar o garimpo ilegal no Estado, situação que prejudicou o povo yanamomami, que teria sido vítima de genocídio nesses seis anos de governo Denarium, incluindo desvio de dinheiro enviado pelo Governo Federal, o que resultou em operação da Polícia Federal.
Leia mais: Denúncia exclusiva do Portal Alex Braga sobre fraude na Sesau é destaque na revista Veja
Em Brasília, o xamã Davi Kopenawa teve um encontro no Palácio do Planalto com o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), na segunda-feira (25), e pediu encontro com o presidente Lula.
Leia mais: Liderança Indígena de Roraima pede ao Papa que apoie retirada do garimpo das terras Yanomami
O julgamento foi retirado de pauta em agosto, após denúncias de forte pressão nos bastidores, com atuação de nomes importantes na política brasileira, como os senadores Dr. Hiran e Alcolumbre.
Leia mais: Cerca de jurubeba: senador Dr. Hiran tenta salvar o chefe Denarium da degola no TSE
CASSADO QUATRO VEZES
Antonio Denarium foi cassado pela quarta vez no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) neste mês de novembro.
A cassação de terça-feira (19), é mais uma que vai para o TSE, onde o governador vem recebendo o benefício da retirada de pauta e se mantendo no cargo.
Leia mais: Delação premiada do homem que sabe tudo: o tormento de Denarium e Cecília
Sobre o governador pesam as condenações por suposta compra de votos por meio do uso de programas populares estaduais que distribuíram cestas básicas e financiaram programas habitacionais às vésperas das eleições.
Há pouco mais de 1 mês para 2025, Denarium segue sentado na cadeira de comando de Roraima, o Estado das maternidades de lona, das operação da Polícia Federal na Sesau por supostos crimes de corrupção, das inúmeros denúncias de genocídio Yanomami por garimpo ilegal.
