Mais de 250 veículos que fazem o transporte alternativo em Manaus foram para a porta da sede do Governo do Amazonas nesta segunda-feira (18), na Compensa, Zona Oeste, após dois meses sem receber repasses estaduais do programa Passe Livre Estudantil gratuito, dívida que chegou aos R$ 40 milhões e deixou o serviço inoperante na cidade.
Ao contrário da Prefeitura de Manaus, que mantém o repasse em dia, a Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), não deu justificativa e nem prazo para realizar os pagamentos. A pasta é comandada pelo secretário Marcerllus Campêlo. O sistema contempla as Zonas Norte e Leste de Manaus, as duas mais populosas da cidade.
Trabalhadores levaram cartazes e deixaram claro que a falta do repasse deixou os veículos sem combustível.
“Não temos mais como esperar. Ficamos das 8h às 12h na UFGPE e não obtivemos resposta”, disse Vinícius José, representante dos trabalhadores, em frente à sede do Governo do AM na Avenida Brasil.

PASSE LIVRE
Em vigor desde 2022, o Passe Livre Estudantil beneficia, atualmente, mais de 190 mil alunos matriculados nas escolas municipais e estaduais, resultando em um investimento de R$ 156 milhões, oriundos de convênio entre a Prefeitura de Manaus e o Governo do Amazonas.
Por meio de nota, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) disse que aguarda repasses do Governo do Estado e reforça os atrasos da Gestão Estadual:
“O Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) esclarece que os valores referentes aos estudantes transportados gratuitamente pelo transporte alternativo foram devidamente pagos até o mês de julho deste ano, por meio do convênio estabelecido entre o governo do Estado e a Prefeitura de Manaus.
O convênio entre o governo do Estado e a Prefeitura de Manaus foi firmado em seis parcelas. No momento, o IMMU aguarda o repasse das parcelas que restam do convênio para que possa efetuar o pagamento dos meses restantes. Reforçamos que os pagamentos aos operadores do transporte alternativo são realizados de forma imediata, assim que os recursos são repassados pelo Esstado”.
Até a publicação desta matéria o Governo do Amazonas não se posicionou a respeito da greve e nem explicou porquê não realizou os repasses.