Quinta-feira, 24 Abril

Manaus – O governador do Amazonas Wilson Lima (UB), exonerou ontem (02), os ex-secretários Fabrício Rogério Barbosa (Administração), Marcos Apolo Muniz de Araújo (Cultura e Economia Criativa), e o ex-diretor da Cosama, Armando do Vale. Porém, salvou da lista o secretário Flávio Antony (Casa Civil) que estava presente na reunião que teve vídeo vazado e Vanderlei Alvino (Diretor-Presidente do Idam), este casado com Adriana Cidade (proprietária da residência onde foi denominado “QG do Crime”).

Armando do Vale, Fabricio Barbosa e Marcos Apolo (ex-secretários exonerados)

As exonerações ocorrem em meio a investigações que seguem sob responsabilidade da Justiça.

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Operação Tupinambarana Liberta

Divulgação PF (Operação Tupinambarana)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (03), a Operação Tupinambarana Liberta, com o objetivo de combater crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, abolição do estado democrático de direito, utilização de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral. O grupo suspeito de cometer crimes é liderado pelo governador Wilson Lima, que escalou seus secretários e usou a casa da família do deputado Roberto Cidade para montar o “QG DO CRIME”.

Armando do Vale, ex-diretor presidente da Cosama, e os ex-secretários Fabrício Rogério Cyrino Barbosa (Administração) e Marcos Apolo Muniz de Araújo (Cultura) são investigados por supostos crimes eleitorais relacionados ao favorecimento da candidatura de Brena Dianná em Parintins.

Além dos ex-secretários, a operação da Polícia Federal também atinge o tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos, que agora é ex-Comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano, e o capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, que integrava a Companhia de Operações Especiais (COE).

Sobre a investigação:

A investigação foi iniciada em razão de notícia de fato apresentada pelo Ministério Público Eleitoral em Parintins à Polícia Federal em 16/9/2024. Durante as investigações, surgiram indícios de ameaças de líderes comunitários ligados a uma facção criminosa nacional de tráfico de drogas proibindo o acesso de candidatos à prefeitura a certos bairros, bem como vedação de circulação em determinadas localidades. Aliado a isso, foram colhidos indícios acerca da possível inércia de agentes públicos para coibir tais ameaças em prol de uma candidatura à Prefeitura de Parintins. As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal. 

Em data recente, jornais publicaram vídeos que demonstram autoridades públicas articulando para influenciar diretamente nas eleições da cidade de Parintins, mediante diversas condutas escusas e formas ilegais de atuação.

A operação conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar no Estado do Amazonas no acompanhamento da execução em face dos policiais militares envolvidos.

O nome da Operação decorre do termo utilizado atualmente pelos moradores de Parintins, chamando-a de “ilha Tupinambarana, a ilha da magia”, fazendo referência a região que foi habitada por diversas etnias indígenas, dentre elas os Tupinambás. O município é conhecido por situar o Festival Folclórico de Bois Bumbás, Garantido e Caprichoso. A Operação da Policia Federal visa garantir o livre exercício do voto no Município.

Wilson Lima salva secretários de exoneração e da PF

O governador Wilson Lima, salvou os dois aliados da exoneração e de serem alvos da Polícia Federal, Flávio Antony e Vanderlei Alvino.

Secretários: Vanderlei Alvino e Flávio Antony

Ambos são secretários de Estado e possuem ligações com o vídeo amplamente divulgado no último sábado (28/09), Antony por aparecer nas imagens e ser chefe da Casa Civil e Alvino por ser diretor do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e marido de Adriana Cidade (prima do deputado estadual Roberto Cidade) e proprietários da residência onde eram realizados os encontros e reuniões do “QG do Crime“.

Os dois não foram citados na nota oficial do Governo do Amazonas referente as exonerações dos secretários, emitida na quarta-feira (2).

Confira a escritura da casa no nome de Adriana Cidade

Título de Adriana Cidade, prima de Roberto Cidade

Donos da residência onde ocorria reuniões suspeitas

Secretário Vanderlei Alvino e Adriana Cidade

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