Na 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, na última quarta-feira (25), não confiar no posicionamento do Brasil e da China nas propostas de paz entre os dois países na guerra.
O presidente ucraniano diz duvidar do “real interesse” dos dois países para mediar o diálogo entre Kiev e Moscou. Segundo ele, as supostas soluções de paz propostas pelos países não atende aos interesses dos ucranianos.
“Quando alguns propõem alternativas, planos de acordo pouco entusiasmados, isso não apenas ignora os interesses e o sofrimento dos ucranianos […] não apenas ignora a realidade, mas também dá [ao presidente russo Vladimir] Putin o espaço político para continuar a guerra” disse Zelensky em discurso.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vem demonstrando interesse de atuar como mediador no diálogo entre Rússia e Ucrânia, com o intuito de pôr fim na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Assim como Lula, o presidente chinês, Xi Jinping, manifestou vontade de ser mediador na negociação de paz entre os dois. No fim do último mês de abril, Zelensky recebeu pela primeira vez a ligação de Xi Jinping, após a guerra, que na ocasião apresentou a sua proposta.
Porém, Zelensky afirma que a única solução para o fim da guerra é o plano ucraniano. Ele afirma não querer uma “paz imposta”.
“Nós, ucranianos, nunca aceitaremos isso. Nunca aceitaremos isso. Por que alguém no mundo acreditaria que um passado colonial tão brutal, que não tem continuidade hoje, poderia ser imposto agora na Ucrânia?”, disse Zelensky.
E ainda que não haverá negociação enquanto Vladimir Putin for o presidente da Rússia. No discurso o ucraniano também pede a o cessar-fogo imediato.