Sábado, 18 Maio

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, recebeu ordem de soltura, nesta sexta-feira (3), e deixa o Batalhão da Polícia do Exército, Brasília onde estava preso.

O ministro Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória, com medidas cautelares, também impostas na primeira vez em que foi solto, entre elas a necessidade do uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar à noite, visita semanal à Justiça, e ainda a proibição de deixar o país, usar redes sociais e se comunicar com outros investigados, exceto a esposa, a filha e o seu pai.

Mauro Cid estava preso desde 22 de março no batalhão, após o vazamento de um áudio, em que ele crítica a Polícia Federal e o ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Moraes que também é o relator dos inquéritos de Cid, onde é suspeito de está envolvido na tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 e venda de presentes oficiais da Presidência da República.

O ministro ordenou a soltura, após a defesa do militar argumentar que os áudios foram prejudiciais à investigação e não impedimento da justiça.

“Sentença pronta”

Na gravação que o levou ao prisão, Mauro Cid reclama da condução do processo, afirmando que o ministro e relator do caso, Moraes “já tem a sentença dele pronta”, revela o áudio.

O militar admitiu a autoria dos áudios, ao ser chamado pelo STF, porém negou ter sido coagido por policiais em sua deleção premiada e ressaltou seu desejo de manter o seu acordo de delação com a Justiça.