Sábado, 27 Julho

A violência obstétrica não se constitui apenas como a violência no parto, mas pode ser entendida como aquela violência que ocorre durante a gestação. Para explicar sobre esse tema e os altos números registrados em Roraima, a secretária de saúde, Cecília Lorenzon, faltou a uma audiência pública em Brasília, mesmo podendo participar virtualmente.

Dados do relatório das Nações Unidas, apontam que uma em cada quatro mulheres já sofreram violência obstétrica no Brasil, durante a gestação, no pós-parto e até mesmo em casos de necessidade de aborto, a mulher sofre abusos quando procura um serviço de saúde.

Em 2021, o estado de Roraima ocupou o primeiro lugar no ranking de mortalidade materna com 280 mortes a cada 100 mil habitantes. No Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré, foram registradas 28 mortes em apenas 37 dias. 

Mesmo com promessa, o governador Antonio Denarium ainda não conseguiu finalizar e entregar a maternidade que é a única em Roraima que atende as futuras mamães da capital e do interior.

Sem atender a imprensa, a secretária de saúde Cecília Lorenzon, faltou e não deu explicações sobre o caos na saúde do Estado durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados em Brasília, realizada na última terça-feira (18).

A presença de Cecília foi solicitada pela Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Morte Materna na Câmara Federal. Porém, a secretária escalou o seu adjunto Edson Castro, para tentar explicar os registros de mortes e denúncias do atendimento precário na maternidade. Mesmo o evento sendo de forma virtual, a secretária de saúde não compareceu.