Sábado, 27 Julho

Mais duas pessoas são suspeitas de participar do possível esquema instalado na saúde pública de Roraima, auxiliando na elaboração de contratos milionários com suspeita de favorecimento e superfaturamento. A gestora da pasta é Cecília Lorenzon, coleciona inúmeras denúncias e até boletins de ocorrência por agressão.

O Portal Alex Braga e o Sem Mordaça denunciaram a relação perigosa entre a secretária Cecília Lorenzon da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) e antigos conhecidos, que possuem cargos estratégicos no setor da saúde, seja na Comissão Setorial de Licitação (CSL) ou com conhecimento em esquemas fraudulentos.

Isso porque, os nomes já denunciados pela reportagem, estiveram envolvidos em uma investigação do Ministério Público de Roraima (MPRR) em 2020, por suspeita de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Na época, foram solicitados os pedidos de prisão do presidente da CSL, Bruno Arnaldo Uchôa de França, e do procurador Valdan Vieira Barros, que assina pela UPMED FARMA, do empresário Wilson Fernando Basso, marido da secretária Cecília Lorenzon.

Uma nova informação, expõe que na época da Operação Virion que investigou irregularidades na aquisição de equipamentos para o combate à Covid-19, uma mulher, apontada como Letícia Carvalho Rodrigues, trabalhava na Sesau.

No relatório da CPI da Saúde e da Polícia Federal, consta que Letícia era a pessoa responsável por montar os processos de aquisição que foram feitos “errados” e analisados pelos investigadores.

Na época, Letícia foi retirada do setor depois da operação da Polícia Federal e deixaram ela “ir embora” em 2021, sendo vista na cidade de Fortaleza, no Ceará, onde morou por mais de um ano.
O detalhe é que durante esse período de um ano, Letícia continuou recebendo remuneração bruta de R$ 3,3 mil, sem ao menos trabalhar. Em 2022, após Cecília Lorenzon assumir a Sesau, trouxe a funcionária de volta, mas desta vez, para assumir a Diretoria do Núcleo de Processos, com a remuneração de R$ 9,8 mil.

Ou seja, Letícia é responsável por elaborar, mais uma vez, os processos de compras e aquisições. Segundo a denúncia, a Diretora poderia estar contribuindo no possível esquema montado na Sesau, com o intuito de fechar contratos milionários com suspeita de superfaturamento.


A Diretora Letícia, por sua vez, convidou uma grande amiga, apontada como Adriana Leal Campos para assumir como Diretora de Departamento de Assistência Hospitalar, com remuneração de R$ 6,7 mil.


A função principal de Adriana seria gerar demanda para aquisições, ajudando o possível grupo montado na Sesau, com aprovação de notas fiscais dos processos considerados “mais complicados”.


Apesar de Adriana utilizar um veículo oficial da Sesau como se fosse de uso pessoal, a mesma não seria condutora habilitada, infringindo assim, uma Lei Federal. Ainda segunda a denúncia, Adriana seria uma pessoa de confiança da cúpula do Governo de Roraima.