Quinta-feira, 11 Setembro

A empresa Mabluma Administradora de Bens e Participações Ltda que pertence às empresárias Maria Alice Vilela Lins e Bárbara Lins de Queiroz, parentes de Nilton Lins Jr., – empresário detido na ‘Operação Sangria’ da PF –, recebeu entre 2021 e 2024 durante a gestão do então governador do Amazonas, Wilson Lima (UB) mais de R$ 24 milhões de reais em aluguéis de prédios.

De acordo com portal da transparência, a Mabluma aluga um prédio para a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc) abrigar uma das escolas militares de Manaus. O outro contrato de aluguel é com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) que ocupa outro prédio do complexo Nilton Lins, localizado no bairro Parque das Laranjeiras, zona Centro-Sul da capital.

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Operação Sangria

Durante as investigações, o Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) identificou que os serviços de limpeza do Hospital de Campanha Nilton Lins, deveriam ser realizados pela Norte Serviços Médicos, porém os serviços estavam sendo prestados pela empresa Sistema de Saúde Integrado da Amazônia (Sisam). De acordo com o MPF, na época a responsável pela Sisam era Maria Alice Vilela Lins, mãe do empresário Nilton Lins Júnior que foi um dos alvos da operação da Polícia Federal do Amazonas (PF-AM).

Tiros na Federal

A PF foi recebida a tiros na casa do empresário Nilton Lins, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Sangria, que apurou possíveis irregularidades em ações de combate à covid-19 no Amazonas. Lins, disse durante depoimento que pensou que se tratava de um assalto, por isso reagiu quando os agentes federais chegaram à sua residência.

Wilson Lima

Durante a quarta fase da operação, agentes da PF foram à residência e ao gabinete do governador do Amazonas para cumprir mandados de busca e apreensão. No dia a polícia cumpriu ao todo 25 mandados judiciais realizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Manaus e Porto Alegre, sendo 19 deles de busca e apreensão e seis de prisão temporária (com prazo de cinco dias.

Nota

O Núcleo de Investigação do Portal Alex Braga (PAB), solicitou nota de esclarecimento do governo do Amazonas, mas até o fechamento da reportagem não recebemos nenhuma resposta.