Mães que perderam seus filhos por negligência médica na gestão do governador Wilson Lima (UB), denunciaram ao Núcleo Investigativo do PAB que a secretária de saúde, Nayara Maksoud as bloqueou na rede social Instagram.
Segundo as denunciantes, a secretária de saúde não gostou de ter sido questionada pelas mães em uma publicação. Em um comentário a mãe Bruna Simonetti questiona: “Quando é mesmo que vai começar a investigação dentro dos hospitais? Minha filha foi vítima e eu quero justiça por ela e por todos os bebês que estão morrendo”, indagou.
Em seguida a responsável pela Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM), Nayara Maksoud responde: “Seu contato telefônico, por favor!”.
Confira a imagem

Logo depois Nayara Maksoud envia uma mensagem no privado pedindo o contato de Bruna que responde e ela devolve: “Então amanhã já fazem contato com você, e o jurídico já ciente”.
Confira a troca de mensagens

Logo depois de receber a mensagem da secretária, Bruna foi surpreendida com o bloqueio imediato. “Eu respondi, passei meu contato e ela já me bloqueou”, disse à nossa equipe de reportagem.
Confira a imagem

A segunda mãe bloqueada na rede social da secretária foi Markelly Ferreira que perdeu o filho de apenas dois meses de vida por negligência médica do Governo do Amazonas.
Em abril deste ano nós relatamos o caso e você pode ler mais clicando no link abaixo.
Leia Mais: Mãe processa Governo do AM por negligência após filho de dois meses morrer no Joãozinho
Mãe pede por justiça após perder a filha de 2 meses

Ao Núcleo Investigativo do Portal Alex Braga (PAB0, Bruna relatou o descaso que enfrentou com a filha, a pequena Ysadorah Sophia que faleceu aos dois meses de vida.
“Em 2023, dei à luz a Ysadorah Sophia, uma bebê prematura. O parto foi marcado por negligência obstétrica no Hospital Balbina Mestrinho. A minha filha lutou por uma vaga na UTI e, mesmo depois de internada, seguiu enfrentando descasos como alimentação inadequada, falhas no atendimento e até confusão de prontuário”, relatou a mãe.
“Um médico chegou a dizer que a Ysadorah tinha um coágulo no cérebro, mas no dia seguinte admitiu que havia confundido com outra criança”, informou Bruna.
Depois de passar por toda essa luta, Bruna Simonette e Ysadorah foram liberadas para casa, porém a bebê apresentava secreções escuras que segundo a mãe, os médicos falavam que era resto de parto.
“15 dias depois, um simples espirro virou uma secreção intensa. Eu corri para o Hospital da Zona Oeste e relatei tudo, porém os médicos diziam que não era nada grave. Horas depois, a bebê teve paradas respiratórias. O pai dela precisou reanimá-la dentro do carro. No hospital, só quando ela parou de novo, resolveram atender”, explicou.
“Durante a nova internação, novos erros: dosagem errada de medicamentos, má assistência, omissões. Minha filha, Ysadorah Sophia, morreu, com apenas dois meses de vida”.
Bruna Simonette e Markelly Ferreira concederam entrevista à nossa equipe de reportagem. Outras mães também participaram do ato pedindo por justiça.
Leia Mais: Mães de crianças mortas em hospitais públicos do Amazonas protestam contra Wilson Lima
Assista ao vídeo