Os parlamentares da oposição a Câmara dos Deputados, protocolaram nesta quarta-feira (30), um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a investigar o esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), após a Polícia Federal revelar o caso de desvios de dinheiro de aposentadorias.
No total, o requerimento recebeu a assinatura de 185 deputados, mas ainda precisa do aval do presidente da Câmara, para que seja instalada.
O caso revelado pela PF, é apontado que as associações que oferecem serviços aos aposentados burlavam com cadastros de pessoas com assinaturas falsas, sem autorização. Com o prejuízo superior a R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.
Segundo o vice-presidente da Casa, o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), justificou o pedido da criação da CPI, e afirmou que a comissão no Congresso se iguala às CPIs da Petrobras e BNDES.
“A CPI do INSS é extremamente necessária, uma das mais importantes da história do Congresso, porque esse dinheiro foi roubado de aposentados. Eu equiparo a importância da CPI da Petrobras, do BNDES. Nesse caso, os bilhões de reais foram desviados de idosos, de aposentados, uma covardia sem tamanho”, disse.
Caso do INSS
O caso que veio a tona após a investigação da PF, ocasionou na demissão do presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, e ainda no afastamento de servidores e à prisão de seis suspeitos envolvidos com entidades investigadas.
A investigação da polícia, aponta que associações realizam cadastros sem autorização, aposentados e pensionistas do INSS. Com isso descontava da folha de pagamento mensal, sem a vítima saber que estava “associado”.
Com isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou sobre o caso, nesta segunda (30), afirmou que o Governo vai devolver os recursos retirados indevidamente. Apesar de não ter entrado em detalhes sobre com a devolução será feita.
“Nós vamos encontrar o caminho para isso porque essas pessoas foram lesadas, nós vamos encontrar o caminho de reparação”, disse Haddad.
Ele ainda afirmou que a equipe econômica do Governo, está apenas aguardando a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU), para determinarem os próximos passos a devolução dos valores.