O prefeito de Iranduba, Augusto Ferraz (UB) pagou mais de R$ 1,5 milhão à empresa AMAZONIA TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE LTDA que pertence ao empresário Jorge Michael Souza Barroso de Almeida Pereira, que possui um longo histórico com a justiça e teve seu nome ligado à uma fraude de licitação em Coari.
De acordo com publicações no Diário Oficial dos Municípios (DOM), em fevereiro deste ano Augusto Ferraz firmou dois contratos com a empresa Amazônia Tecnologia em Educação, sendo o primeiro contrato para:
- 1 – Aquisição de materiais diversos para a escola Noemi Dos Santos Pereira no valor de R$ 423.727,01 (Quatrocentos e vinte três mil setecentos e vinte sete reais e um centavo);
- 2 – O segundo contrato tem como objetivo a aquisição de dicionários de inglês para alunos do ensino fundamental I e II da rede municipal no valor de R$ 1.083.500,00 (Um milhão, oitenta e três mil e quinhentos reais).
Confira os documentos abaixo


O segundo contrato ocorreu por meio de dispensa de licitação e tem vigência de 12 meses com a Amazônia Tecnologia.
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Empresário que recebe milhões de Augusto Ferraz, foi condenado
O empresário Jorge Michael Souza Barroso de Almeida Pereira, já foi condenado em junho de 2015 a mais de 13 anos de prisão pelo juiz federal da 2ª Vara de Manaus, Marllon Souza. As investigações apontaram o empresário como integrante de um esquema de fraude em licitações que ocorreu no município de Coari, entre os anos de 2001 e 2007.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o esquema era liderado por Carlos Eduardo Amaral Pinheiro, irmão do então prefeito de Coari, Adail Pinheiro (Republicanos). As denúncias indicam que Jorge Michael atuava como “laranja” na organização criminosa.
Desdobramento na Operação Vorax
O caso em Coari culminou na Operação Vorax, deflagrada pela Polícia Federal, que investigou um amplo esquema de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e fraude em licitações. Em 2018, o então prefeito de Coari, Adail Pinheiro, foi condenado a mais de 57 anos de prisão por sua participação no esquema.
“As investigações revelaram que o grupo criminoso simulava licitações com empresas de fachada, garantindo que integrantes da organização controlassem os contratos e desviassem os recursos, muitas vezes sem a efetiva entrega dos bens ou serviços”, diz trecho do documento.
Em 2022, o prefeito contratou por R$ 119 mil a empresa Yem Serviços Técnicos e Construções – Eireli, inscrita no CNPJ nº 17.811.701/0001. A vencedora da licitação, na modalidade Carta Convite nº 003/2022, foi investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por possíveis práticas de falsificação de documentos públicos, estelionato e fraude às licitações.
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Sobre a empresa
A Amazônia Tecnologia em Educação e Meio Ambiente Ltda, opera com o CNPJ n° 38.387.073/0001-50, a fica localizada na Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro de Manacapuru. A atividade principal da empresa é a prestação de serviços combinados de escritório e apoio administrativo.

Conforme dados da Receita Federal, a Amazônia Tecnologia tem capital social de R$ 2 milhões.

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