E mais uma interrogação nos contratos firmados pelo Governo do Estado, desta vez pela UGPE e a Construtora Soberana que é investigada por suspeita de Caixa 2.
Desta vez o valor do contrato ultrapassou os R$13 milhões de reais.
O contrato foi assinado no dia 19 de abril do ano passado pelo valor de mais de 10 milhões e 800 mil reais. Em outubro do mesmo ano, foi realizada a assinatura do primeiro termo aditivo sob o valor de 2 milhões 700 mil reais. O contrato detalha como objeto os serviços de manutenção predial e preventiva nas sedes da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Justiça do Estado do Amazonas.
A contratação foi feita por Marcellus Campelo , Coordenador da UGPE, e ex Secretário de Saúde do Amazonas. Em 2021, Marcellus foi preso durante uma operação da Polícia Federal que investigava contratações fraudulentas a mando da cúpula do Governo do Estado.
Os contratos favoreceram empresários locais durante a construção do hospital de campanha destinado aos pacientes vítimas da covid-19 durante a pandemia.
Durante a operação houve quebra de sigilo fiscal e telefônico do Governador Wilson Lima e de Marcellus Campêlo, Secretário de Saúde da época que foi preso no aeroporto ao desembarcar em Manaus.
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A empresa contratada é a Construtora Soberana LTDA que recebeu mais de treze milhões e meio do Governo do Estado. A empresa é investigada por suspeita de caixa dois nas Eleições de 2024 em Camboriú e Balneário Camboriú em Santa Catarina que envolve o ex Governador Leonel Pavan e a filha dele Juliana Pavan, ambos candidatos às prefeituras dos municípios.
Pai e filha estão no centro de um escândalo envolvendo suspeitas de caixa 2 eleitoral em troca de promessas de contratos públicos.
A denúncia veio à tona após a divulgação de áudios comprometedores que indicam o envolvimento de empresários interessados em futuros contratos nas prefeituras das duas cidades.
Uma das empresas envolvidas no suposto esquema era justamente a Construtora Soberana LTDA, que foi contratada por Marcellus Campêlo.
De acordo com dados da Receita Federal, a empresa pertence ao empresário Felipe Augusto Souza de Albuqueque e está localizada no Centro de Manaus.
Nossa equipe de reportagem esteve na sede da UGPE, também no Centro de Manaus, para apurar informações a respeito do contrato, mas ninguém quis comentar sobre o caso.
Nossa equipe conversou com um especialista em direito administrativo que falou sobre o caso.
Esse é mais um dos vários casos de contratações suspeitas feitas pelo Governo do Estado do Amazonas.