Quinta-feira, 24 Abril

Com 8 deputados federais na bancada, e muitas vezes abandonado à própria sorte em Brasília, o Amazonas está pleiteando mais duas vagas na Câmara Federal. A pergunta que fica é: para que ?

Cada deputado federal custa ao Brasil mais de R$ 2,5 milhões por ano. Salários de R$ 40 mil, viagens, moradia, Cotão de mais de R$ 36 mil, e tantas regalias para pouco resultado, reforçam a ideia de que o contribuinte paga muito e recebe quase nada em troca.

O Projeto de Lei Complementar (PLP 148/23) foi colocado em pauta na terça-feira (19), e retirado em seguida. Além da briga dos Estados por verbas, votos e recursos, sobra muito pouco para o interesso público.

Eis a lista de gastos de um deputado federal. Imagina essa conta multiplicada por 10 no Amazonas:

Desde 2019, a Câmara já gastou cerca de R$ 800 milhões com o cotão, que pode ser usado para despesas com:
– passagens aéreas, telefonia e serviços postais (vedada a aquisição de selos);
– manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar, compreendendo locação de imóveis, pagamento de taxa de condomínio, IPTU, seguro contra incêndio, energia elétrica, água e esgoto, locação de móveis e equipamentos, material de expediente e suprimentos de informática, acesso à internet, TV a cabo, licença de uso de software, assinatura de publicações;
– fornecimento de alimentação do parlamentar;
– hospedagem (exceto do parlamentar no Distrito Federal);
– locação ou fretamento de aeronaves, de automóveis (até o limite de R$ 10,9 mil mensais) e de embarcações; serviços de táxi, pedágio e estacionamento até o limite global de R$ 2,7 mil mensais; passagens terrestres, marítimas ou fluviais;
– combustíveis e lubrificantes até o limite de R$ 6 mil por mês;
– serviços de segurança prestados por empresa especializada até R$ 8,7 mil por mês;
– contratação de consultorias e trabalhos técnicos, permitidas pesquisas socioeconômicas;
– divulgação da atividade parlamentar, exceto nos 120 dias anteriores à data das eleições, se o deputado for candidato;
– participação do parlamentar em cursos, palestras, seminários, simpósios e congressos, até o limite mensal de 25% do valor da menor cota mensal, ou seja, a do Distrito Federal;
– complementação do auxílio-moradia.

Além do complemento do auxílio-moradia, citado anteriormente, também foi reajustado o valor do limite de gastos com combustíveis, de R$ 6 mil para R$ 9,3 mil.