Quinta-feira, 24 Abril

Denúncias de fraudes, taxa de inscrição altíssima e muita reclamação. O fechamento do ano na Câmara Municipal de Manaus (CMM) mais parece um velório. Os parlamentares sepultaram a credibilidade da “Casa do Povo”.

A revelação de que o gabarito do concurso apresenta respostas diferentes para as mesmas perguntas, fere de morte a credibilidade de uma prova usada como palanque eleitoral.

A denúncia é é mais uma sem defesa que o Parlamento tenta defender perante a opinião pública.

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Candidatos que pagaram de R$ 94 a R$ 220 para fazer a prova estão nas redes sociais cobrando o vereador Caio André. O presidente da Casa, que não foi reeleito, vai sair e deixar de herança um concurso cercado de polêmicas desde a origem, quando o parlamentar “esqueceu” que deveria cumprir a Lei de Cotas, e acabou deixando esse item fora do certame.

Na defesa do indefensável, juntam-se a esse caldeirão a tentativa de manter o plano de saúde para os vereadores não eleitos, as denúncias no TCE de calote a fornecedores e o excesso de faltas por parte de muitos dos 41 parlamentares.

Não é à toa que 13 vereadores não foram reeleitos. A Legislatura de 2025 que começa daqui e pouco mais de um mês tem a obrigação de ser melhor do que essa que sai de cena no dia 31 de dezembro.

A imprensa e o cidadão precisam continuar vigilantes. Sim, pior do que tá, ainda fica.