Aumento do dólar e o impacto na economia do Brasil após o anúncio do pacote de gastos
Com a economia na pauta do governo brasileiro, o evento realizado na manhã desta sexta-feira (29), pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, contou com a presença do ministro Fernando Haddad e outros membros da área econômica do país, para tratar sobre o pacote de gastos e a alta do dólar.
O valor do dólar superou R$ 6,10, nesta sexta-feira (29), pela primeira vez na história. O aumento acontece em meio ao anúncio da proposta do corte de gastos feito pela equipe econômica do governo.
Com isso, o Banco Central (BC), divulgou o déficit nominal do setor público consolidado, que inclui o setor público de juros que soma R$ 1, 093 trilhão nos últimos 12 meses, contados até o mês de outubro deste ano. E ainda que a dívida bruta ultrapassa o valor de R$ 9 trilhões, com 78,6% do PIB (Produto Interno Bruto), o maior registrado desde 2011.
A proposta do governo, que não foi bem recebida por economistas, prevê uma economia de R$ 70 bilhões, nos próximos dois anos e R$ 327 bilhões em 5 anos. No anúncio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou o aumento da isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), até 2026.
Diante os problemas atuais enfrentados na economia do país, o atual diretor de Política Monetária e futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo conversou com atual presidente do Banco, Roberto Campos Neto, sobre a possibilidade de intervenção.
“O Banco Central faz atuação no câmbio em função de disfuncionalidades. O câmbio flutuante é uma ferramenta muito importante dentro do que é a matriz da política econômica brasileira. É muito importante para absorver choques, absorver flutuações como essas que estamos assistindo” disse.
Galípolo defendeu também que a proposta fiscal do governo não é o “ponto final de chegada” e sim “mais um passo” para uma zona fiscal segura.