Brasília/ DF – Na noite desta quarta-feira (13) o Supremo Tribunal Federal (STF) sofreu um atentado. Explosões foram registradas na região da Praça dos Três Poderes, em Brasília. A Polícia Federal (PF) vai investigar o ocorrido.
O Núcleo Investigativo do PAB, conversou com um cientista político sobre o atentando e ele classificou a ação como um “desprezo pelas normas democráticas“.
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Atenta ao STF é ‘desprezo pelas normas democráticas’
O Núcleo Investigativo do PAB, conversou com o advogado e cientista político Helso Ribeiro que denominou o atentando como “desprezo pelas normas democráticas”.
Perguntamos qual a opinião sobre o corrido e qual o impacto a imagem do judiciário, Helso Ribeiro responde que é um desprezo e terrorismo.
“Não importa em qual lugar, a democracia não caminha ao lado de extremismo. A democracia ela demanda/pede o respeito as divergência e ao diverso.”, iniciou o cientista.
“Isso aí tem que ser averiguado e chegar aos responsáveis punição, isso aí é terror. É incabível. Se você não concorda você tem recursos para manejar, isso em qualquer lugar democrático. Um atentado desse é um desprezo pelas normas democráticas e deve ser censurados por todos e qualquer pessoa sensata não deve bater palmas para isso“, finalizou Ribeiro.
Atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF)
O atentado nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF) e outra em uma rua ao lado do Anexo 4 da Câmara. As duas explosões ocorreram em um intervalo de 20 segundos por volta das 19h30. A área em frente ao STF foi isolada.
Ação
Na frente do Supremo, um homem morreu. A Polícia Civil do Distrito Federal disse que se trata de Francisco Wanderley Luiz (PL). Ele disputou a eleição de 2020 para vereador em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Ele já havia alertado em redes sociais que cometeria um atentado.
Em frente à estátua ‘Justiça’, que simboliza a Corte, ele retirou um material da bolsa e arremessou contra a figura de pedra. Em seguida, acionou um artefato, pôs na cabeça e deixou a bomba explodir, matando a si mesmo.
A ação foi descrita em detalhes por Nataniel Camelo, vigilante da Suprema Corte que presenciou os últimos passos de Francisco Wanderley. Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, o segurança narrou o que viu.
Em meio às investigações preliminares, um vídeo da câmera de segurança que mostra o momento do atentado veio a público.
Confira os vídeos:
Responsável pelo atentado morreu
Identificado como Francisco Wanderley Luiz, lançou artefatos em direção ao STF, segundo as investigações, e depois se deitou sobre um explosivo, que foi detonado. Wanderley Luiz também seria o dono do veículo que explodiu no Anexo IV da Câmara dos Deputados. No porta-malas do veículo, foram encontrados fogos de artifício e tijolos.
Francisco Wanderley Luiz tinha 59 anos e era chaveiro em Rio do Sul, cidade de 72 mil habitantes na região do Alto Vale do Itajaí, a 200 km de Florianópolis. Em 2020, ele concorreu a vereador da cidade usando o nome Tiü França, mas recebeu apenas 98 votos e não foi eleito.
Ele foi candidato pelo Partido Liberal (PL). Em sua declaração ao Tribunal Superior Eleitoral, ele declarou R$ 263 mil de patrimônio, além de uma moto, três carros e um prédio de dois andares em Rio do Sul.
Suas páginas no Facebook e no Instagram foram removidas.
Entre as mensagens publicadas, havia críticas ao STF.
“Tudo o que já foi feito para obtermos melhorias em nosso País e nada deu resultados!!! É hora de mudarmos os caminhos e ações!!! Onde está o grande problema? No judiciário(STF).”
Ele também havia deixado mensagens radicais com ameaças de uso de violência — afirmando ter colocado bombas na casa de um jornalista e políticos. “Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda”, escreveu.