Sábado, 14 Setembro

Manaus – Em mais uma matéria da série CEMA, iremos falar da empresa Aliança Hospitalar LTDA, que já recebeu R$ 3.099.969,60 (três milhões, noventa e nove mil, novecentos e sessenta e nove reais e sessenta centavos) dos R$ 6.580.000,00 (seis milhões e quinhentos e oitenta mil reais) empenhados pela Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), somente este ano.

Núcleo Investigativo do Portal do Alex Braga, vem informando diariamente um suposto esquema na Central de Medicamentos do Amazonas, que deu-se início em agosto do ano passado. Denúncias e documentos enviados ao Portal do Alex Braga, é possível constatar a suspeita de como funcionaria o suposto esquema milionário que já movimentou mais de R$ 118 milhões do cofre público estadual.

Leia Mais: Denúncia aponta: esquema entre empresas desfalca Cema em mais de R$ 118 milhões

Quarta empresa: Aliança Hospitalar

A empresa Aliança Hospitalar LTDA com CNPJ: 21.368.399/0001-38, foi fundada em novembro de 2014, com a capital social de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais), com razão social no nome Aliançaa Hospitalar LTDA, fica localizada na cidade Aparecida de Goiânia do estado Goiás. Sua atividade principal, conforme a Receita Federal é comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano.

Foto: RC Aliança/ Empresa com suspeita de esquema com a CEMA

Segundo informações da denúncia, a empresa Aliança Hospitalar possui contrato milionário com a CEMA e nunca entregou nenhum item. Ainda, na denúncia o item ganho seria de uma outra empresa que segundo as informações afirma não ter a Aliança como seu cliente, ou seja, há indícios de que a empresa possui contrato com o Governo do Amazonas sem se quer nunca ter entregue nada.

Ainda conforme a denúncia, a empresa Winner Brasil teria entrado com uma denúncia no Ministério Público de São Paulo contra a empresa Aliança Hospitalar por não tê-los em sua grade de clientes.

Confira abaixo o documento da nota de empenho

Foto: Nota de empenho CEMA-Aliança Hospitalar
Foto: Nota de empenho CEMA-Aliança Hospitalar

Conforme as informações e imagens repassada à nossa equipe, outros fornecedores entraram em contato com a empresa Winner Brasil sobre a noticia do ganho licitatório da Aliança Hospitalar com a Central de Medicamentos do Amazonas.

Nas imagens abaixo, confira que a empresa Winner Brasil desconhece a empresa Aliança Hospitalar como seu cliente e nem como a empresa de Goiás teria acesso ao produto exclusivo.

Foto: Prints da conversa entre empresários e Winner Brasil

Leia Mais: Servidores participam de suposto esquema milionário de R$ 118 milhões, na CEMA

Entenda como funciona o suposto esquema na Cema

A Central de Medicamentos do Amazonas solicita das empresas os produtos, as empresas fazem o empenho do que foi pedido, depois emitem a nota fiscal (ainda sem entregar nenhum produto ou insumo), essa nota entra no sistema de pagamentos da Secretaria de Saúde [Central de Medicamentos] e o pagamento é realizado em tempo hábil, no máximo em 3 dias. Esse movimento se torna suspeito por causa da celeridade no processo de emissão de nota e quantidades solicitadas de produtos, além de produtos que a nossa equipe de reportagem já revelou que nem está mais em mercado, ou seja, produto inexistente. Além disso, as notas de empenho seguem o mesmo padrão de valores altíssimos: entre 500 mil a mais de 1 milhão.

Nossa equipe de reportagem apurou a rotina dessa jornada: Normalmente os pagamentos são realizados antes da chegada dos produtos e insumos à Central de Medicamentos do Amazonas. O trajeto é via terrestre e levaria em torno de 45 a 90 dias para chegar ao Estado, porém, por conta do suposto esquema, esse tempo é totalmente ignorado.

Série de revelações da CEMA

Nos próximos dias o Núcleo Investigativo do Portal do Alex Braga, irá trazer novas revelações desta série de escândalos e corrupções envolvendo o governador Wilson Lima, a Secretaria de Saúde do Estado e empresas fornecedores de insumos e medicamentos, mas que segundo as denúncias, nunca chegaram nada.

As suspeitas se agravam pelo volume de produtos que foram pagos, com o aval de Wilson Lima. As quantidades de pedidos e insumos ultrapassam a capacidade física do depósito da Cema. Conforme a denúncia, seriam necessários pelo menos três complexos da Central de Medicamentos para armazenar tantos produtos e insumos, que informam as notas.

Leia Mais: Wilson Lima paga R$ 8,7 milhões em produto inexistente através da CEMA

Envia sua denúncia ou sugestão para a nossa linha direta por meio do número (92) 98144-6017.