Precisou o Ministério Público refrescar a memória do prefeito Beto D’Ângelo para que ele desistisse de sortear motos em plena véspera de eleições municipais. Orgulhoso montador de cavalos, o autodenominado “o melhor montador de cavalos de Manacapuru”, Beto tentou encarnar o “cowboy fora da lei” do interior.
Ao pior estilo Beto Carreiro, o prefeito tenta montar na cidade, tomar as rédeas da Prefeitura e fazer de Manacapuru o seu próprio parque temático. Sortear motos em período eleitoral é uma prática tão antiga quando distribuir dentaduras, cestas básicas ou agrados que depois vão custar caro aos moradores.
Não é de hoje que Betaniel, nome verdadeiro do prefeito, peita Leis e tenta provar que cavalo amarrado também pasta. Ano passado, em plena emergência, ela pagou R$ 490 mil para o Cantor Zé Vaqueiro dar uma canja na cidade. Mesmo barrado pelo TCE, o cavaleiro do apocalipse armou suas esporas e bancou a vinda do artista.
Beto não pode ser reeleito, mas como todo bom “dono do gado” que se preza, vai querer deixar na cadeira de prefeito seu caseiro para tomar de conta da porteira da cidade, que, há quase 8 anos, sofre com os coices do galopante político.