Quinta-feira, 11 Setembro

O  Ministério Público recebeu denúncia contra a titular da Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau), Cecília Lorenzon, pedindo a quebra de sigilo telefônico e telemático por coagir os servidores da pasta a participar de uma “vaquinha” para pagar multa da aliada do governador Antonio Denarium no Tribunal de Contas do Estado. Os servidores que participaram da “vaquinha” também tiveram a quebra de sigilos pedida, conforme documentos que o Portal do Alex Braga teve acesso com exclusividade nesta terça=feira (5).

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O pedido feito pelo advogado Marco Antonio de Vicente Júnior exibe os prints dos nomes das pessoas que foram obrigadas a “colaborar” com parte dos seus rendimentos para salvar a pela de Lorenzon, caracterizando improbidade administrativa.

“Ressalta-se que arrecadação em prol da secretária foi promovida por Bruno Uchôa e os servidores envolvidos nessa situação precisam ser ouvidos, seja em Comissão Parlamentar de Inquérito a ser instaurada pela Assembléia para apurar os desmandos ocorridos na referida Secretaria de Estado, seja por encaminhamento ao Ministério Público Estadual para instaurar procedimento e ouvir os envolvidos, seja pelo Tribunal de Contas do Estado que exarou a decisão, ou ainda pela Delegacia de Polícia Civil do Estado”, destaca o advogado.

Conforme noticiado pelo Portal do Alex Braga, a multa aplicada foi de R$ 4.714,00 (quatro mil, setecentos e quatorze reais) oriunda do mandado de intimação nº 456/2023, do Processo SEI nº 001040/2020, aplicada pelo Tribunal de Contas do Estado de Roraima (TCE-RR), por DESCUMPRIMENTO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA 002/2016, foi publicada no Diário Eletrônico no dia 18/05/2023.

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A “vaquinha” foi liderada por Bruno Uchoa, que criou um grupo de WhatsApp determinando que cada pessoa deveria pagar R$ 296,00 à conta de Igor. Ela pede ainda que os comprovantes sejam enviados no grupo.

Uchoa foi acusado pela Polícia Civil e Ministério Público de fazer parte de uma organização criminosa, suspeito de envolvimento em irregularidades em um contrato milionário.

O arrecadador de Lorenzon foi denunciado no suposto esquema que enquadrou oito funcionários da Coopebras por suspeita de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. 

Cabe agora ao MP de Roraima acatar a denúncia e promover a quebra do sigilo da titular da Sesau.

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