Domingo, 15 Junho

Na manhã desta segunda-feira (9), o jovem Eduardo Almeida Camico, de 28 anos, sofreu um acidente de moto na Rua 6, no bairro Alvorada 2, zona Centro-Oeste de Manaus. Ele voltava da casa de um amigo a caminho do trabalho quando, ao atravessar um cruzamento, colidiu com um carro. Eduardo estava acompanhado de uma jovem, que também se feriu e segue internada em estado delicado no centro cirúrgico.

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Levado ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, Eduardo deu entrada por volta das 7h da manhã. Desde então, sua mãe, Rosangela, denuncia a demora no atendimento e a falta de estrutura da unidade hospitalar. Segundo ela, até essa tarde, o filho aguardava por um exame de raio-X que ainda não havia sido realizado devido à quebra do equipamento.

Paciente acidentado

“Meu filho chegou às 7h da manhã e até agora nada. Está no corredor, sentindo dor, tomando remédio na veia só para aguentar a espera. A moça que estava com ele está no centro cirúrgico. Ele precisa de exames, teve escoliose na lombar, bateu a cabeça, está com as pernas inchadas e com muita dor nas costas. Como ele vai saber se teve fratura sem o raio-X?”, questiona a mãe, indignada com a situação.

Segundo Rosangela, a única avaliação feita até o momento foi uma tomografia, e desde então a família segue sem respostas claras sobre o estado de saúde de Eduardo. Ela afirma que procurou a direção do hospital em busca de informações, mas não conseguiu contato com ninguém.

Acidentado

O caso ocorre no Hospital 28 de Agosto, sob gestão do Governo do Estado do Amazonas, comandado pelo governador Wilson Lima, que constantemente divulga nas redes sociais e na imprensa ações de suposta humanização e agilidade no atendimento da rede pública de saúde. Para a família de Eduardo, no entanto, a realidade vivida é bem diferente.

“Eles falam que tem fila rápida, que o atendimento é humanizado, mas o meu filho está largado no corredor, esperando um raio-X que nunca vem. Nós nem café conseguimos tomar. Era para ser rápido, mas cada exame parece uma eternidade”, desabafa Rosangela.

NOTA

A reportagem procurou a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) para esclarecimentos sobre a situação, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.

Enquanto isso, Eduardo segue em uma maca no corredor do hospital, sentindo dores, sem saber se será internado ou quando poderá realizar os exames necessários para avaliação médica completa.

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