A prefeita de Maués (distante 267 quilômetros de Manaus), Macelly Veras (PDT), acumula mais um escândalo na sua gestão. Desta vez, a mandatária da Terra do Guaraná está envolvida em um suposto caso de favorecimento onde foi assinado um termo aditivo de um contrato sem licitação, firmado com a chefe de gabinete que também é cunhada de um vereador da base política de Macelly Veras, que já custou mais de meio milhão de reais aos cofres de Maués. Veja o documento no fim da matéria.
O documento foi assinado pela prefeita e publicado no último dia 16 de junho no diário oficial dos municípios. O aditivo é referente ao contrato de número 007/2025, que é uma dispensa de licitação para “serviços emergenciais de artes gráficas, confecção de impressos em geral, além de formulários contínuos e serviços de reprografia”.
O contrato detalha que os serviços serão prestados em pelo menos quatro meses, mas não informa quanto custaria esse aditamento.
No entanto, nossa equipe de reportagem buscou pelo contrato inicial e identificou que ele foi firmado em fevereiro deste ano, ou seja, há quatro meses atrás, tendo assim o mesmo período de vigência do termo aditivo. O documento aponta que o certame foi firmado inicialmente sob o valor total de R$ 393.082,56 (Trezentos e noventa três mil, oitenta e dois reais e cinquenta e seis centavos).
Se somarmos o valor do contrato com o valor do aditivo, veremos que Macelly Veras já pagou R$ 786.165,12 (Setecentos e oitenta e seis mil, cento e sessenta e cinco reais e doze centavos), o que significa mais de meio milhão de reais.
O valor será pago à empresa R. F Pena dos Santos, inscrita no CNPJ n° 30.128.200/0001-95. De acordo com a Receita Federal e com a Junta Comercial do Amazonas (JUCEA), a empresa pertence à Rosana Flávia Pena dos Santos, conforme o documento abaixo.
Mas afinal, quem é Rosana Flávia Pena dos Santos?
Flávia Santos, que é como a empresária assina seu nome como servidora pública, é cunhada e chefe de gabinete do vereador Leonardo Moreira (PSD), parlamentar que passou a fazer parte da base aliada de Macelly Veras assim que ela foi eleita.
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Mas não para por aí. Além de o contrato ter sido firmado com a cunhada e chefe de gabinete de um vereador, o que é irregular, o certame traz serviços supérfluos para o momento “emergencial” que a prefeita diz que o município está passando.
O caso traz fortes indícios de um suposto favorecimento à parente do vereador e ainda se agrava como improbidade administrativa, visto que a cunhada do vereador é servidora pública do município que a contratou por dispensa de licitação.
Posicionamento
Diante das evidências de possíveis irregularidades administrativas, nossa equipe entrou em contato com a Prefeitura de Maués para cobrar esclarecimentos sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria, não fomos respondidos.
Veja o documento:
