Na terça-feira (1º), o governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), anunciou nas redes sociais que foi diagnosticado com Covid-19 e Influenza. Segundo a nota oficial divulgada pelo Governo do Estado, Lima encontra-se em “bom estado de saúde” e está em repouso domiciliar, seguindo as orientações médicas. Enquanto o governador se recupera com o respaldo de médicos particulares e no conforto de sua residência, a realidade nos hospitais públicos do estado é bem diferente – e os reflexos dessa crise são visíveis nas redes sociais.
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No mesmo dia do anúncio de Lima, uma mulher identificada por Carmem Garcia, publicou um vídeo denunciando a situação desoladora e desumana no Hospital Platão Araújo, localizado na zona Leste de Manaus. De acordo com seu relato, pacientes estão sendo deixados em macas nos corredores, aguardando por atendimento e leitos, em condições precárias. A denúncia revela uma dura realidade que muitas pessoas enfrentam nos hospitais públicos do estado, onde a superlotação, a falta de medicamentos e de profissionais de saúde estão colocando vidas em risco.
“Os pacientes estão jogados nos corredores, sem remédios, sem médicos e sem salários para os enfermeiros. Estão todos esperando exames, e nada acontece”, disse a mulher, visivelmente indignada.
Em seu vídeo, ela relatou o caso de seu pai, que foi levado ao hospital com sintomas de infarto, mas até o momento não havia recebido nenhum atendimento digno.
“Ele está com a pressão alta e sem medicação. Está correndo risco de vida e não é um caso isolado. A fila não tem fim, e as pessoas continuam esperando”, declarou, referindo-se à situação de várias outras vítimas do descaso com o sistema público de saúde.
O vídeo, que já acumula 26,5 mil visualizações, gerou uma série de comentários negativos em relação à gestão de Wilson Lima. A repercussão nas redes sociais evidencia a insatisfação de diversos internautas com a administração do governador.
NOTA
O Núcleo de Reportagem Investigativa do Portal Alex Braga entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) para questionar as denúncias relatadas no vídeo, mas até a publicação desta matéria não obtivemos respostas. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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