A saúde pública no interior do Amazonas continua a cobrar um preço alto das famílias que dependem do serviço básico para viver com dignidade. No último dia 14 de abril, um caso chocante foi registrado na maternidade anexa ao hospital de Novo Airão, unidade administrada pelo Governo do Estado.
Franciane Paula, de 27 anos, esposa do senhor Jerry Adriano, passou por mais de 12 horas de espera antes de receber atendimento adequado para dar à luz. O tempo perdido entre dores, angústia e negligência quase custou a vida dela e colocou a filha recém-nascida em uma luta desesperada pela sobrevivência.
O caso revela um retrato doloroso da saúde pública no interior do estado, onde a distância da capital se transforma em abandono e a espera por socorro pode deixar marcas permanentes.
A filha de Franciane e Jerry permanece internada, sob cuidados médicos, e o casal agora lida com a dor de um trauma que poderia ter sido evitado. A Secretaria de Saúde do Estado ainda não se posicionou oficialmente sobre o ocorrido.
Enquanto isso, o desabafo do seu Jerry ecoa como o de muitos outros amazonenses: vítimas silenciosas de um sistema que deveria cuidar, mas segue falhando em garantir o direito mais básico de todos, o direito à vida.