Manaus/AM – O capitão da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Dilson Castro Pereira, recebeu, nos últimos quatro anos da gestão de Wilson Lima (UB), mais de R$ 100 mil em diárias para acompanhar o governador em viagens nacionais e internacionais.
De acordo com o Diário Oficial do Amazonas, além de seu salário como policial, o militar também foi agraciado com um cargo comissionado de ajudante de ordens do governador.
Segundo dados do Portal da Transparência, Dilson recebe quase R$ 30 mil pelo posto de oficial e mais R$ 8 mil pelo cargo comissionado na Casa Militar. Ou seja, o PM totaliza ganhos mensais de quase R$ 38 mil, valor superior ao salário mensal do governador do Amazonas, que é de pouco mais de R$ 34 mil.
Escândalo
Em junho de 2022, começou a circular um vídeo nas redes sociais que mostrava o militar utilizando um carro institucional alugado pelo governo do estado para “perseguir clientes de um restaurante e invadir um condomínio privado em Manaus”.
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Conforme testemunhas, a invasão aconteceu após o PM discutir com clientes em um restaurante na zona Centro-Sul da capital. Os denunciantes, que preferiram não se identificar, informaram que a discussão ocorreu em um café de propriedade do policial.
Voo baixo
No mesmo ano do escândalo, o policial lançou sua candidatura a deputado estadual pelo Partido Liberal (PL). No entanto, seu projeto político não teve sucesso, e o militar retornou ao gabinete de Wilson Lima.
Zero renda
Apesar de ser apontado como proprietário de um famoso café da manhã localizado no bairro Parque das Laranjeiras, o PM declarou à Justiça Eleitoral que não possui nenhum bem.
POSICIONAMENTO DO GOVERNO
Nossa equipe de reportagem pediu um posicionamento do Governo do Amazonas sobre os critérios para a escolha de Dilson Castro Pereira como ajudante de ordens do governador, qual o expediente dele como servidor público, se a denúncia de que usou veículo do Estado para perseguir clientes de restaurante foi apurada, porém não obtivemos resposta.
O espaço segue aberto.
