O caos da saúde amazonense está se perpetuando dia após dia. Não bastassem os escândalos ocorridos em unidades de saúde da capital, agora a vítima é o interior do estado. O núcleo de investigação do programa Mais Verdade recebeu denúncias de falta de remédio e atraso de pagamento no Hospital Regional de Lábrea (HRL). A unidade é gerenciada pela organização Instituto Positiva Social (IPCEP), que tem sede no estado do Rio de Janeiro.
Apurações feitas pela nossa equipe mostram que a empresa foi alvo da ‘Operação Calvário’, que investigou supostos esquemas de corrupção em unidades de saúde do estado da Paraíba.
O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) determinou, ainda, que a empresa devolvesse R$ 19 milhões aos cofres públicos do Estado.
Sabendo do histórico da empresa, o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) solicitou ao TCE-AM a suspensão do contrato, mas teve seu pedido negado. Desde então, ele vem mostrando o descaso da gestão do instituto frente ao hospital de Lábrea.
Mesmo com as polêmicas, a empresa foi contratada em fevereiro do ano passado por mais de R$ 42 milhões pela Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM), para administrar a unidade de saúde de Lábrea, o que, segundo denúncias enviadas à nossa produção, não acontece.
Nossa equipe de reportagem apurou que a organização tem atrasado constantemente o salário dos servidores que estão há 2 meses sem receber.
Um ex-servidor que preferiu não se identificar, falou com nossa equipe sobre os salários atrasados e diz que se alguém cobra a empresa ou se manifesta, corre o risco de ser demitido.
Além dos salários atrasados, a OS Positiva também deixa faltar outro recurso essencial: medicamentos e insumos básicos. É o que mostram as imagens que a nossa equipe teve acesso com exclusividade.
Um morador do município que não quis se identificar, relata o que falta no hospital e a dificuldade de lidar com a escassez de medicamentos básicos que poderiam atender a população.
A população relata que o caos instalado no hospital de Lábrea faz com que pacientes busquem ajuda e tratamento em municípios vizinhos.
O caso chamou a atenção da nossa equipe que identificou por meio do portal da transparência do governo o pagamento de mais de R$ 28 milhões para a empresa somente em 2024.
Enquanto isso, pessoas padecem com a falta de medicamento e profissionais tentam sobreviver com salários atrasados.
Confira matéria na íntegra:
