Domingo, 8 Dezembro

Após ser reprovado nas urnas pela população manauara e entrar na história da política local como o primeiro presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) a não ser reeleito, o vereador Caio André (UNIÃO) deixará o comando da Casa com uma dívida de mais de R$ 7,7 milhões para o próximo presidente da CMM.

A dívida é referente à parcelas de contratos e termos aditivos assinados por Caio André em sua gestão como presidente da CMM.

Somente em 2024, o presidente não reeleito assinou 16 novos contratos que totalizam os mais de R$ 17,3 milhões, sendo 15 deles com vigência até 2025. Dentre os 15 acordos, o mais extenso vai até agosto do próximo ano.

Não bastassem os contratos, Caio André ainda assinou 23 novos termos aditivos referentes a contratos de anos passados que vão de 2019 a 2023, respectivamente. Ao todo, os aditivos custaram mais R$ 29 milhões aos cofres da CMM.

Ao todo, Caio André gastou cerca de R$ 50 milhões com contratos e aditivos somente no ano de 2024 e, mesmo tendo pago boa parte do valor total, deixará, ainda, R$ 7,7 milhões pendentes para a gestão do próximo presidente da Câmara.

Plano de saúde garantido no apagar das luzes

Na sessão de ontem, mesmo com a ausência de 15 vereadores, a Câmara aprovou o projeto de lei de nº 456/2024 de autoria de Caio André e da mesa diretora da Casa, que visa “acrescentar dispositivo à Lei n. 552, de 14 de dezembro de 2023, que ‘Dispõe sobre o Plano de
Cargos, Carreiras e Remuneração dos Servidores da Câmara Municipal de Manaus e
dá outras providências’.

Aos que saem, Caio André garantiu plano de saúde e odontológico. Aos que ficam, ele deixa uma dívida milionária.

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