Terça-feira, 22 Abril

O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) está sendo bombardeado nas redes sociais após se posicionar contra o fim da escala 6 x 1, que pretende diminuir a jornada dos trabalhadores empregados no regime CLT em todo o Brasil. Amom, que recebe salário de R$ 44 mil para cumprir apenas três dias de expediente obrigatório na Câmara Federal, diz que reduzir jornada prejudica a Economia do Brasil.

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Seguidores do candidato derrotado nas eleições municipais questionaram de que lado ele está: se da população que votou nele, ou dos empresário. Amom é filho de juíza e enteado de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Além do salário alto, tem regalias como moradia e passagens aéreas pagas pelo povo.

“Amom, você já foi CLT? Já pegou um ônibus 6x por semana, para ir e para voltar?”, escreveu um seguidor.

O deputado tem sido questionado por seus posicionamentos desde o segundo turno das eleições em Manaus, quando apoio Alberto Neto (PL), após criticar o colega de Câmara que se aliou a grupos políticos de São Paulo contrários à Zona Franca de Manaus.

“Você votou contra a classe trabalhadora que confiou em você e te botou onde está. A mesma classe que paga seu salário. Já sabemos que com você não podemos contar, afinal, não trabalha a favor do povo”, disse outro comentário.

O QUE DIZ A PEC

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue a escala de trabalho 6×1, teve assinatura favorável do deputado Saullo Vianna (União) entre os parlamentares do Amazonas. Até a publicação desta matéria, apenas Saullo e Amom se posicionaram.

A proposta é do movimento Vida Além do Trabalho (VAT) e levada para a Câmara pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).

Precisa da assinatura de 171 deputados para ser protocolada. Já tem ao menos 100 favoráveis, incluindo as bancadas do PT e do PSOL.

“Sobre a escala 6×1, tendo a achar que isso vai prejudicar nossa economia, mas posso ser convencido do contrário. Mandei nosso pessoal realizar um estudo independente e uma revisão bibliográfica. Quem for civilizado e quiser dialogar e apresentar argumentos, fique à vontade”, disse Amom, que ainda fez uma ironia.

“É pessoal, não dá para concordar em tudo”.

Eleitores afirmam na rede social do deputado, que jamais darão outro voto nele.