Quinta-feira, 24 Abril

Manaus – O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) instaurou um inquérito para investigar um suposto complô do alto escalão do governo Wilson Lima (UB), para favorecimento eleitoral do grupo político em Parintins. A denúncia foi revelada por um vídeo gravado em agosto e divulgado no sábado (28/09), envolvendo secretários de Estado e oficiais da Polícia Militar, acusados de planejar ações ilegais para beneficiar a candidatura de Brena Dianná (UB), nas eleições do município.

O Inquérito Civil nº 06.2024.00000636-2, instaurado pelo promotor Armando Gurgel Maia, investiga o chamado “QG do Crime”, referente ao vídeo gravado em Parintins no dia 3 de agosto, que vazou no dia 28 de setembro, mostrando secretários de Estado e oficiais da Polícia Militar discutindo ações suspeitas para favorecer a candidatura de Brena Dianná.

O promotor Armando Gurgel Maia destacou que o inquérito visa apurar atos de improbidade administrativa e outros crimes envolvendo figuras importantes do governo. Entre as primeiras medidas, o promotor enviou o caso ao Procurador-Geral da República e ao Procurador-Geral de Justiça do Amazonas, já que a denúncia envolve secretários estaduais com foro privilegiado.

Dentre os envolvidos estão o presidente da Cosama, Armando Silva do Vale, e três secretários: Fabrício Rogério Cyrino Barbosa (Administração), Flávio Antony (Casa Civil) e Marcos Apolo Muniz de Araújo (Cultura), acusados de liderar um esquema para influenciar as eleições.

As gravações sugerem que o esquema poderia ser replicado em Manaus para apoiar outro candidato, com envolvimento da Polícia. Além disso, o promotor recomendou a exoneração imediata de dois oficiais da Polícia Militar, o Capitão Guilherme Navarro e o Tenente-Coronel Jackson Ribeiro, que aparecem nas gravações, e solicitou investigações pela Diretoria de Justiça e Disciplina da PM-AM. O inquérito busca garantir a lisura do processo eleitoral e prevenir o uso da segurança pública em campanhas eleitorais, em um caso que já está gerando grande repercussão no estado.

Confira o documento na íntegra:

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