O governador Wilson Lima (UNIÃO) mostrou, mais uma vez, não ter critérios para contratar prestadores de serviços para o Estado. Desta vez, porém, o Núcleo Investigativo do Portal Alex Braga traz com exclusividade a informação de que o ‘governador dançarino’ pagou mais de R$ 6 milhões em contratos para Francisco Sampaio Neves, empresário investigado na operação que cassou o ex-governador José Melo.
Francisco Neves é dono da empresa Kinglog Transportes Multimodais LTDA, inscrita sob o CNPJº 26.002.003/0001-58, onde é sócio de Pedro Paulo da Silva Sampaio.

Os contratos milionários da Kinglog foram firmados com a Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (AADESAM), mas a fonte de recurso era oriunda da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC). No total, só neste contrato a Kinglog recebeu o montante de R$ 2.599.954,00 (Dois milhões. quinhentos e noventa e nove mil e novecentos e cinquenta e quatro reais).

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É educação? A Kinglog quer!
No dia 25 de julho de 2023, a Kinglog Transportes Multimodais LTDA foi presenteada mais uma vez com outro contrato com um setor de educação do Estado. Desta vez, com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) sob o valor de R$ 2.045.946,00 (Dois milhões, quarenta e cinco mil e novecentos e quarenta e seis reais).

O acordo previa “contratação emergencial de empresa especializada na prestação de serviços de gerenciamento de operação logística”.
O primeiro pagamento deste contrato foi feito ainda no ano de 2023 perfazendo um total de R$ 1.284.586,35 (Um milhão, duzentos e oitenta e quatro mil, quinhentos e oitenta e seis reais e trinta e cinco centavos).

Outro pagamento relacionado ao mesmo contrato foi feito já neste ano. Ao todo, foram pagos à Kinglog R$ 6.215.095,40 (Seis milhões, duzentos e quinze mil, noventa e cinco reais e quarenta centavos).

Quem é Francisco Sampaio Neves?
Francisco Sampaio Neves, mais conhecido como ‘Chaguinha’, foi operador de campanha e tesoureiro do partido de José Melo, o extinto Partido Republicano da Ordem Social (PROS). As investigações apontavam Chaguinha como o principal responsável pela compra de votos que reelegeu Melo, nas eleições de 2014.
As investigações também apontam que Chaguinha havia efetuado pagamentos a outros apoiadores do ex-governador, entre eles, alguns coronéis da Polícia Militar.