Servidores, pacientes e familiares da UTI do Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo passaram por momentos tensos após a chuva, em Manaus. O teto da UTI se abriu, a água invadiu a unidade e foi preciso que os próprios enfermeiros pegassem rodos para que a água pode fosse retirada às pressas. A unidade passou por reformas de R$ 15 milhões no Governo Wilson Lima, que prometeu um ambiente moderno, mas entregou isso.
Nas imagens que chegaram ao Portal do Alex Braga neste sábado (28), é possível ver o tamanho do buraco no teto e a tentativa desesperada dos servidores de retirar a lama do local onde estão internados pacientes em estado grave na Zona Leste de Manaus.
Uma fonte que tem paciente internado no Platão disse ao Portal Alex Braga que a situação é crítica na unidade neste sábado (28). “Aqui todo dia é um Deus nos acuda. A gente precisa fazer barraco para ser visto, embora eu saiba que a culpa não é dos profissionais. Mas eles acabam pagando pato, pois o governador não pisa aqui para ver a realidade”.
Ano passado, uma fiscalização constatou que uma lista de 100 itens PPS (Produtos para Saúde) estava em falta ou com estoque crítico. Materiais como agulhas, curativos, ataduras e fios cirúrgicos, bem como 26 tipos de medicamentos, são alguns dos itens faltosos na unidade. Além disso, a direção do hospital relatou a necessidade dos aparelhos de ressonância magnética, ecocardiograma, tomografia e ultrassonografia.
MILHÕES GASTOS PARA NADA
Durante a gestão do secretário Marcellus Campêlo, que foi preso por corrupção na Secretaria de Saúde, Wilson Lima gastou mais de R$ 15 milhões no Platão, em reformas que não impediram a cena de ontem.
Já no ano seguinte o Platão sofreu com um apagão por falta de gerador de energia. Este ano, um novo apagão, em abril, escancarou o caos.
Foi no dia 23 de agosto de 2021. Ao todo, foram gastos exatamente R$ 15.492.141,61 do dinheiro público no Platão.
De acordo com uma denúncia, o projeto de reforma do Platão, contemplava novos geradores de energia com durabilidade de 30 anos, nova cobertura, telhado para a unidade, implantação de uma nova estação de tratamento de esgoto, acessibilidades para PCDs, novos elevadores, entre outros.
Infelizmente a cena não é inédita. Em abril deste ano, pacientes foram filmados no corredor, sem atendimento, jogados à própria sorte.
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