Terça-feira, 22 Abril

O grupo Oliveira, que comanda a Amazonas Energia, está prestes a perder o controle da empresa. Uma ordem judicial dá 48 horas para que a direção mude. Só que além das lembranças de apagões, medidores aéreos e contas altas, a atual direção pode deixar uma dívida de R$ 15 bilhões a ser paga nas contas.

A juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), determinou na segunda-feira (23) que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprove a transferência de controle da Amazonas Energia para a J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A empresa dos irmãos Batista também terá o benefício de ver suas usinas da região Norte serem transformadas em CERs (Contratos de Energia de Reserva).

Ao consumidor, o que mais importa é a conta. A Amazonas Energia entrou com o pedido judicial, mas pelos termos da J&F, a nova controladora da Amazonas Energia terá R$ 15,8 bilhões flexibilizados, em outras palavras, vai repassar aos consumidores a conta ao longo dos próximos 15 anos.


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse à imprensa que a ANEEL deverá assumir o ônus, caso não autorize a troca de controle da Amazonas Energia. 

“Ela [Amazonas Energia] perdeu saúde financeira. É importante que todos compreendam que por isso é necessária a passagem de controle, ou mesmo a intervenção, ou mesmo a caducidade. Que a ANEEL assuma a sua responsabilidade nessa questão. Ela se decida. Se decida e assuma o ônus, caso não seja a passagem de controle”, disse no dia 11 deste mês, em Brasília. 

Em agosto, Silveira mencionou que “a melhor solução” para a distribuidora é a troca de controle e que será estudada intervenção ou caducidade, caso não ocorra.

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