Em um ano, após assumir o cargo de deputado federal, Amom Mandel usou o plenário da Câmara dos Deputados apenas 10 vezes. As informações, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2023, constam no site da Câmara Federal.
Os poucos discursos estiveram voltados para diversos assuntos, mas em especial aos que repercutiam nacionalmente ao longo do ano.
Pautas importantes como a da inclusão autista e a destinação do lixo na capital receberam uma breve ‘pincelada’. O deputado reforça inclusive o foco em São Paulo no que tange a questão do lixo.
“(…) Esse não é o único exemplo, senhoras e senhores, de legislação não cumprida neste País. A Lei de Acesso à Informação, pilar central da nossa democracia, para dar a transparência e acesso à informação, também não é cumprida dentro ou fora desta Casa. O Município de São Paulo, por exemplo, oficiado por este gabinete, por este mandato, demora a responder e descumpre a legislação no que diz respeito aos questionamentos sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Manaus e Belém, senhoras e senhores, também não têm onde jogar lixo. Se não elegermos representantes que cumpram a lei, não poderemos esperar mais nada da legislação eleitoral à legislação ambiental, da segurança pública à saúde, da educação ao que quer que seja”.
Em outro momento, Amom chega a tentar ampliar a discussão sobre a destinação do lixo, mas não há informações sobre o andamento do processo. O barco não andou.
“(…) Senhoras e senhores, é um absurdo que quase 50% do lixo produzido por este País hoje vá parar em lixões, vá parar em aterros não sanitários, em aterros que se dizem sanitários, mas não cumprem os requisitos legais para tal. É um absurdo, senhoras e senhores, que hoje, em Manaus, na capital do Amazonas, o maior Estado da Amazônia Legal, nós tenhamos uma cidade prestes a não ter mais para onde mandar o seu lixo.
Por esse motivo, senhoras e senhores, em levantamento detalhado de todos os Municípios deste País, entramos em contato, nesta manhã, enviando os ofícios e protocolando os devidos requerimentos de informação e denúncias ao Ministério Público Federal e aos Ministérios Públicos Estaduais para que sejam investigados os Municípios e acionados todos os órgãos competentes na área ambiental, do CONAMA ao Ministério do Meio Ambiente, às Secretarias Municipais e Estaduais de Meio Ambiente e assim por diante”.
Amom conquistou um mandato federal, mas permaneceu atuando como vereador. Sem voz, foi engolido pelos gigantes em Brasília e tem dificuldade para atuar em prol do seu Estado.
No site da Câmara não foram encontradas informações sobre destinação de verbas pelo deputado para o Amazonas.
