Quarta-feira, 3 Julho

A casa do prefeito de Manicoré, Lúcio Flávio (PSD), foi invadida e depredada pela população após a morte um recém-nascido por complicações no pós-parto. O Hospital Regional Dr. Hamilton Maia também sofreu depredações.

Segundo a Secretaria de Saúde de Manicoré, o bêbê necessitava de uma UTI aérea de emergência após nascer com comlicação em um parto por cirurgia cesárea no útlimo domingo (3). A equipe médica realizou os trabalhos adequados e estabilizou o recém-nascido. Em seguida, foi solicitado a UTI, a qual foi aceita e respondido que viria na manhã do dia seguinte.

Ainda de acordo com a Secretaria, na segunda-feira (4), o recém-nascido começou a desestabilizar e, no início da manhã, sofreu piora do quadro progressivamente, sendo levado às 11h, para o aeroporto. Durante duas horas os médicos realizaram a estabilização do paciente com o objetivo de que pudesse seguir para o Centro de Referência Diagnóstico e Tratamento Definitivo. Mas, o recém-nascido não conseguiu chegar até o destino e morreu no trajeto.

A família se revoltou e alegou demora além de negligência médica na prestação do auxílio ao bebê. Familiares chegaram a procurar o prefeito da cidade para ajudar com no frete de um voo para Manaus, mas não teriam sido atendidos.

Após o sepultamento do recém-nascido, manifestantes foram para frente da casa do prefeito, e no local, um familiar derrubou o portão da casa com um carro e manifestantes invadiram a residência de Lúcio Flávio, danificando a parte interna do imóvel.

A Polícia Militar foi acionada e conteve a manifestação. Duas mulheres foram detidas e liberadas após serem ouvidas. O prefeito não estava na casa. Policiais seguem fazendo a segurança do local.

Os atos de vandalismo também ocorreram no hospital da cidade.

Em nota, a Prefeitura de Manicoré lamentou a morte do recém-nascido e informou que os responsáveis pelas ações de vandalismo serão identificados e responderão na justiça pelos atos.

“Tentar politizar um evento tão trágico é um ato de insensibilidade e ilegalidade. Estas ações desrespeitam a memória do recém-nascido e sua família, bem como toda a nossa comunidade, que se encontra enlutada e em busca de conforto e apoio. Estamos unidos na busca da paz, mas também de justiça e respeito mútuo”, diz o comunicado.

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