Sexta-feira, 5 Julho

A Presidência da República anunciou o encontro de todos os 261 bens móveis do patrimônio do Palácio da Alvorada, que teriam supostamente desaparecido após o fim do governo de Jair Bolsonaro. O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, apontou a situação como descaso da família do ex-presidente na residência oficial.

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Logo após a sua posse, em 2023, o presidente Lula e a primeira-dama Janja da Silva, reclamaram das condições da casa e revelou a ausência de alguns móveis do patrimônio. A situação foi usada pelo atual governo, como justificativa para a compra de mais de R$ 250 mil em móveis para o local sem licitação.

Com a anúncio, o ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu nas redes sociais, alegando que Lula insinuou uma “falsa comunicação de furto”.

A situação causou vários atritos entre as duas famílias presidenciais, com trocas de acusações. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, disse que o sumiço era uma tentativa do governo Lula de criar uma “cortina de fumaça” para comprar móveis novos com o dinheiro público “por puro capricho”.

“Durante muito tempo esse governo quis atribuir a nós o desaparecimento de móveis do Alvorada, inclusive insinuando que eles teriam sido furtados na nossa gestão. Na verdade, eles sempre souberam que isso era uma mentira, mas queriam uma cortina de fumaça para tirar o foco da notícia de que eles gastariam o dinheiro do povo para comprar móveis novos por puro capricho”, disse Michelle, por meio de nota.

O caso levantou a polêmica sobre os gastos do governo com móveis de luxo para o Palácio da Alvorada, realizada sem licitação, durante a ausência do patrimônio original na casa.