Domingo, 15 Junho

O pequeno Danilo Victor Campos da Silva, que viveu apenas 12 dias, é a mais nova vítima do descaso da Saúde pública no governo Antônio Denarium. Quem acusa é a mãe do bebê, Daiane Campos, 33 anos, que diz ter sido forçada a fazer um parto normal na maternidade Nossa Senhora de Nazaré, onde ele nasceu e morreu.

“Fui muito mal tratada, avisei que não tinha condições de ter parto normal, mas fui forçada”, diz a mãe, que teve diabetes gestacional. Danilo nasceu com falta de oxigênio e foi a óbito. Na maternidade, a mãe diz que até remédios foi obrigada a comprar.

“Pediram pra gente comprar medicamento, porque na maternidade não tinha. Tá um caos, não era para ser assim”, diz a mãe, reclamando da SESAU comandada pela secretária Cecília Lorenzon, que ano passado recebeu em casa a visita da Polícia Federal, na Operação Hipóxia, com direito a medicamentos queimados para destruir provas de supostos crimes.

“Estou indignada com tudo isso que aconteceu comigo e com meu filho”, afirma Daiane, muita abalada pela morte do menino, e por ver outras mães que não são atendidas como deveria ser em um serviço de qualidade. “Vi mãezinhas pedindo até pelo amor de Deus, e eles nem ligavam”.

Daiane pede justiça. “Tá ruim demais. É revoltante a gente ser tratada assim. Isso não pode ficar assim, O estado deveria tomar providência quanto a isso”. Mesmo abalada, ela fez um boletim de ocorrência e formalizou uma denúncia na ouvidoria da Sesau.

“Fiquei horas esperando e não aparecia ninguém”, resumiu o sofrimento, em uma carta.