Segunda-feira, 8 Julho

O presidente Luís Inácio Lula da Silva manifestou o apoio do Brasil à denúncia feita pela África do Sul contra Israel. O país africano acusa Israel de praticar genocídio contra a Palestina, na Faixa de Gaza.

O presidente anunciou o apoio, em nota à imprensa, apresentada pelo Palácio do Itamaraty, horas após Lula receber o embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben.

A guerra que acontece a mais de três meses entre Israel e Hamas, grupo da Palestino, na Faixa de Gaza. O conflito foi iniciado com os ataques do grupo Hamas aos civis israelenses, em 7 de outubro do ano passado, a reação de Israel deixou mais de 22 mil mortos em Gaza.

“O presidente Lula recordou a condenação imediata pelo Brasil dos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023. Reiterou, contudo, que tais atos não justificam o uso indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por Israel contra civis. Já são mais de 23 mil mortos, dos quais 70% são mulheres e crianças, e há 7 mil pessoas desaparecidas. Mais de 80% da população foi objeto de transferência forçada e os sistemas de saúde, de fornecimento de água, energia e alimentos estão colapsados, o que caracteriza punição coletiva”, diz a nota do Itamaraty.

Ainda segundo a nota do Palácio do Itamaraty, diante das “flagrantes violações ao direito  internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados”.

De acordo com Itamaraty, o presidente Lula ressaltou durante a reunião com o embaixador, os esforços que fez pessoalmente com outros chefes de Estado e de governo pelo cessar fogo, pela libertação dos reféns em poder do Hamas e pela criação de corredores humanitários para a proteção dos civis. Destacou a atuação do Brasil no exercício no Conselho de Segurança por uma saída diplomática para o conflito.

“O governo brasileiro reitera a defesa da solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, conclui a nota.

*Com informações da Agência Brasil