Segunda-feira, 8 Julho

Durante muitos anos assistimos passivamente o uso indevido e o descaso com recursos naturais no estado do Amazonas. Hoje vivemos no maior e mais rico bioma do mundo, mas sofremos uma impactante crise do ar em decorrência das queimadas e de uma estiagem e vazante severas.

Sim, na Amazônia o ar virou tóxico, virou fumaça. Realidade que o restante do Brasil e o mundo insistem em não enxergar. O silêncio dos falsos ambientalistas e da mídia brasileira que desconhece a nossa realidade mostram apenas parte do problema.

Estamos condenados ao isolamento e a miséria sobre o pretexto da preservação ambiental. Precisamos sair do discurso. Os governos precisam estar alinhados com forte política pública de preservação e sustentabilidade para o Amazonas e para os amazônidas. Como manter a floresta preservada com grande parte de sua população em condições sociais precárias?

Vivemos uma crise do ar nas cidades do Amazonas. Com queimadas e sem chuvas, o ar está carregado de fumaça, prejudicando a saúde da população. Os rios secaram e a temperatura da floresta e das águas subiu a níveis alarmantes.

Peixes, botos, toda fauna está morrendo com impactos resultantes de tudo isso. Nosso caboclo, que antes usava os rios para sobreviver, hoje se ve isolado, passando fome. A Amazônia hoje é a triste constatação da miséria e sofrimento do nosso povo.

Atualmente vivemos uma crise sanitária. O único aterro da cidade de Manaus está com os dias contados e assistimos a pressão da iniciativa privada em fazer um aterro a metros de um dos principais afluentes do rio que banha nossa cidade.

Em pleno 2023, vivemos uma crise hidrica com a falta de políticas de saneamento básico. Manaus figura entre as 20 cidades do Brasil com pior serviço de tratamento de esgoto, refletindo na qualidade da água de nossos igarapos que cortom toda a cidade e transformando-os em verdadeiros esgotos a céu aberto.

Estamos isolados pela irresponsabilidade, pela incompetência do Governo Federal. Mais de 1,5 bilhão foi gasto nos últimos anos na manutenção da BR-319, no entanto continuamos vendo a única opção de acesso terrestre do nosso estado ao restante do Brasil intrafegável, sendo inclusive, a execução da rodovia já existente abjeto de discussão como obstáculo para a preservação da Amazônia.

A falta de ações efetivas nos coloca em números alarmantes jamais visto. Precisamos de toda ajuda possivel governos Federal, Estadual e Municipal e de órgãos internacionais.

Precisamos da ajuda de cada cidadão que traz no coração o orgulho de fazer parte do nosso Estado.

Cabe a cada um de nós fozer da nossa casa um lugar melhor para nossas gerações. O Estado que é sinônimo de vida, hoje, diante de nossos olhos, pede socorro!