Segunda-feira, 8 Julho

O presidente da Assembleia, o deputado Roberto Cidade, teve duas propostas, na área da saúde que ganharam visibilidade neste mês de março. Trata-se da Lei nº 6.053 que institui o mês de março com “Março Azul marinho”. De atenção ao câncer colorretal, e do PL nº 57/23, que cria o Programa Estadual de Tratamento da Endometriose.

Segundo o deputado, o câncer é o mesmo que acometeu o rei Pelé, e que após sua morte ganhou mais visibilidade.

“No entanto, ainda é preciso falar mais, esclarecer mais. Preparar as pessoas para que elas possam ter meios de identificar os sintomas e tratar com rapidez a doença. O mesmo vale para a endometriose. Muitas mulheres têm esse problema, mas por falta de conhecimento, de informação passam muitos anos da vida em sofrimento. E podem até desenvolver problemas de saúde mais sérios. Nossas propostas têm esse sentido pedagógico”, resumiu

A criação feita em parceria entre o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). O “Março Azul Marinho” é uma oportunidade para se educar mais sobre a doença e aprender como se prevenir. O câncer colorretal, também conhecido como câncer de cólon e reto. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), é o terceiro tipo mais comum no Brasil. Com estimativa de 44 mil novos casos identificados a cada ano.

Mesmo que a doença atinja, principalmente, pessoas acima dos 50 anos, dados recentes revelam que, por ano, cerca de 10% dos novos casos são diagnosticados em jovens. Essa tendência tem alertado os profissionais de saúde para a importância da prevenção e detecção precoce em todas as idades, incluindo os jovens.

Março Amarelo – Endometriose

A endometriose atinge cerca de 180 milhões de mulheres no mundo, sendo mais de sete milhões apenas no Brasil. Diante dos problemas de saúde que a condição pode causar, o deputado Roberto apresentou o PL que cria o Programa Estadual de Tratamento da Endometriose. A iniciativa reforça as inciativas da Aleam em torno do “Março Amarelo”, mês de conscientização sobre a condição de saúde.

“A nossa proposta tem o objetivo de assegurar e promover direitos, proteção e cuidado às mulheres amazonenses acometidas pela doença, além de reforçar a importância da realização de avaliações médicas, exames clínicos e laboratoriais periódicos. O diagnóstico da endometriose leva em média de três a 12 anos para ocorrer e nós, através desta lei, queremos incentivar a investigação precoce, garantindo melhor qualidade de vida. Vamos propor a realização de campanhas anuais de orientação para auxiliar na detecção precoce e no consequente tratamento da endometriose”, defendeu.

Para isso, o Programa Estadual de Tratamento da Endometriose propõe o treinamento e/ou atualização dos profissionais da área da saúde quanto ao Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas (PDCT) da Endometriose; a realização de campanhas de divulgação sobre as características da doença e seus sintomas; orientação sobre o tratamento médico adequado; orientação e suporte às famílias dos pacientes; estimular hábitos de vida relacionados à promoção de saúde e cuidados com a Endometriose.

Além disso, estabelece a criação de programas de atendimento especializado da patologia, com profissionais da área da saúde e equipe multidisciplinar formada por médicos, psicólogos, enfermeiros e demais especialistas para os cuidados da pessoa com endometriose; e criação do Centro de Referência de Tratamento da Endometriose no Estado do Amazonas.

Os sintomas da endometriose podem variar de mulher para mulher e a doença pode causar dores abdominais, cólicas menstruais, TPM intensa, infertilidade, alterações do hábito intestinal, dentre outros problemas de saúde, podendo atingir ovários, tubas uterinas, bexiga e intestino.

“É crucial aumentar a conscientização sobre a endometriose para que mais mulheres possam ser diagnosticadas precocemente e receber o tratamento adequado. Nosso PL tem esse intuito, permitir que por meio da educação sobre o tema as mulheres possam identificar a doença e ter mais qualidade de vida”, disse o deputado.