Sexta-feira, 5 Julho

População denuncia que a VOARE TÁXI AÉREO abandonou o povo yanomami ainda durante a vigência do contrato milionário. Segundo o documento, obtido com exclusividade pelo Portal Alex Braga, a proprietária na época, deputada federal Helena da Asatur, afirmou que suspendeu os voos em razão de outra empresa ter vencido o novo contrato para o serviço. 

Em agosto de 2019, a gestora da VOARE TÁXI AÉREO, Maria Helena Teixeira Lima, encaminhou um ofício ao senhor Francisco Dias Nascimento Filho, Coordenador Distrital de Saúde Indigena do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Yanomami), informando que: 

“VOARE TÁXI AÉREO LTDA, inscrita no CNPJ n° 00.581.615/0001-59, vem por intermédio deste, informar que os serviços de hora vão prestados a esse DSEI serão totalmente suspensos a partir de 17/08/2019, tendo em vista que já foi publicado no Diário Oficial da União, o Extrato de Dispensa de Licitação n° 01/2019 com a designação da nova empresa contratada, eximindo desta forma, a VOARE TÁXI AÉREO LTDA por qualquer responsabilidade civil e criminal”.

Investigação

Em 2023, após o caos sanitário que acometeu o povo indígena  Yanomami, a Controladoria-Geral da União (CGU) fez uma auditoria nos contratos firmados para aquela região, do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), órgão do Ministério da Saúde responsável pela administração de postos de atendimento da comunidade indígena em Roraima.

O órgão apontou diversas irregularidades no contrato firmado entre o Governo Federal e a VOARE TÁXI AÉREO, atualmente administrada por Renildo Evangelista de Lima, marido da deputada federal de Roraima, Maria Helena Teixeira. 

A empresa recebe dinheiro do Dsei-Leste desde 2010 até os dias de hoje. Somando os contratos publicados no Portal da Transparência, a empresa já faturou mais de R$ 150 milhões em serviços para o Distrito Sanitário Leste em Roraima.

Nova Licitação

No próximo dia 01 de março será aberta uma nova licitação para a prestação do serviço de táxi aéreo na região indígena. De acordo com fontes, a empresa cotada para vencer o contrato no Dsei-Leste terrestre é a Asatur.