Régys Olidari Lima de Freitas, o reitor da Universidade Estadual de Roraima (UERR), ostenta uma vida regada a imóveis milionários, veículos de luxo, aeronaves e a compra de uma grande área de fazenda com dinheiro vivo. Tudo isso com o seu salário mensal de R$ 32 mil para gerir a UERR.
‘Amigo do governo’, o reitor entrou na mira da Polícia Federal após investigação que apreendeu R$ 3,2 milhões em fardos de dinheiro em esquema de pagamento de propina que envolve a UERR.
O valor apreendido na última quinta-feira (17) seria para realizar o pagamento da empresa de engenharia vencedora de uma licitação no valor de R$ 16 milhões para prestar serviço na Universidade.
Ao cair das máscaras, novas denúncias revelam que além dos investimentos milionários em imóveis, carros e aeronaves, Régys também decidiu investir em fazendas.
Com placa que lembra suas iniciais, a ‘Fazenda Renascer’ teria sido adquirida pelo reitor há pouco mais de um ano, com dinheiro vivo. Ambicioso, Régys comprou as propriedades menores e lotes da vizinhança, formando uma das maiores fazendas da região do Apiaú, em Roraima.
“Eu não tenho conhecimento, mas ele é um homem forte. As pessoas falam que ele é homem da faculdade mesmo. Eu ouvi falando que é ele”, disse um morador da região ao ser perguntado sobre a propriedade.
A propriedade, avaliada em R$ 20 milhões, é uma das mais bem estruturadas, com áreas cercadas nos dois lados da vicinal e com algumas cabeças de gado na área. Trabalhadores estão local e realizam a infraestrutura do patrimônio, mas não sabem informar quem é o dono.
Conhecido como ‘Rambinho’ na academia de polícia, onde ingressou aos 20 anos, o ex-policial civil, Régys de Freitas ocupa a cadeira de reitor há quase uma década e teve uma ascensão meteórica nos últimos anos. Saiu da polícia para ocupar um cargo no Ministério Público Federal. Formado em Direito, virou motorista e segurança da procuradoria da República. Um ano depois foi nomeado para o cargo mais importante da UERR.
A reitoria foi o pontapé para o jovem ambicioso se tornar milionário. Além de uma mansão avaliada em R$ 3 milhões, nos último 12 meses o reitor adquiriu mais cinco imóveis, dentre eles um terreno às margens do Rio Branco pelo valor de R$ 350 mil.
Régys tem em mãos o destino de 1.919 alunos, o orçamento de R$ 85 milhões de reais por ano repassados pelo governo do Estado e pelo menos mais dois inquéritos que apuram irregularidades na Universidade.
