A semana política do Amazonas começa com feriado e novas implicações políticas envolvendo o conflito entre a pastora Antônia Lúcia e seu ex-marido, Silas Câmara, ambos deputados federais filiados ao Republicanos, pelo Acre e Amazonas, respectivamente.
No fim de semana a deputada expôs um vídeo em que briga com Silas dentro do carro, acompanhado de uma nota onde diz que tirou Silas da disputa pela prefeitura ‘na marra”. A deputada, que começou acusando o ex-líder da bancada evangélica de traição no casamento, ainda “atira” contra o deputado estadual Dan Câmara, seu ex-cunhado, fala em “forças políticas atrevidas” e diz que o parlamentar é usuário de drogas.
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“Fui traída, em 2016, quando o pastor e deputado Silas Câmara colocou o irmão da política, um que chama de comandante Dan, afastado da Instituição por passar por cima de todos os colegas”, escreve a deputada.
Antônia diz que política de Silas é atrevida
Antônia fala em atrevimento, e segue manchando a reputação parlamentar de Silas e seu grupo político calcado na espiritualidade.
“Porém, o braço do pastor Silas Câmara é atrevido. Esse retornou não sei de ontem, com o objetivo de eliminar três vereadores”, acusa a pastora, relacionando a atividade da família Câmara na Assembleia de Deus, com possíveis manobras para conquistar o poder.
“Tirei o Silas na marra da candidatura da Prefeitura de Manaus, porque eles enchiam a casa de um coronel no Tarumã, de mulheres, álcool e situação completamente incompatíveis com a vida pública”.
As acusações de Antônia vão além da vida familiar. Silas é deputado de seis mandatos e pré-candidato a mais uma reeleição em 2026. Seu irmão, Dan Câmara, pré-candidato à reeleição, preferiu não comentar até a citação de seu nome.
Antônia diz na nota que Silas usou drogas, se envolveu com mulheres e usou dinheiro público para bancar viagens para encontros amorosos fora de Manaus.
Veja a nota completa:
Silas cita “danos irreparáveis’
Silas Câmara também escolheu as redes sociais para se defender. Diante da enxurrada de acusações e “barraco familiar”, o deputado reconhece que com a base eleitoral formada na igreja terá problemas nas eleições de 2026.
Já arranhado por ter de admitir que fazia “rachadinha, e citado na CPMI do INSS, Silas segue negando as acusações, que incluem até uso de drogas. “Sei que os danos são irreparáveis… Peço perdão a quem foi afetado.”
Na nota do deputado, ele nega todas as acusações, e diz que sua fé e religiosidade farão com que as acusações não prosperem.
Durante a semana ele já havia recebido apoio dos filhos.
Ficam até agora as trocas de acusações entre o ex-casal, as consequências políticas ainda inimagináveis para ambos e a espera pelas cenas dos próximos capítulos, onde vida pública e privada estão irremediavelmente misturadas.

