O diretor presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Juliano Valente, assinou a autorização para a criação de um lixão alvo de denúncias por degradação ambiental no Tarumã, zona oeste de Manaus, justamente em uma das últimas áreas preservadas da cidade.

A empresa Ecomanaus Ambiental, que integra o Grupo Marquise Ambiental, já construiu o aterro sanitário na Área de Proteção Permanente, no Ramal Itaúba, no quilômetro 13, da BR-174.
É o mesmo grupo empresarial da qual faz parte a Construtora Marquise S/A, que atua justamente recolhendo o lixo em Manaus.
Além do lixão, o Portal do Alex Braga mostrou a autorização dada por Juliano Valente para a derrubada de árvores na Efigênio Sales, onde a natureza vai dar lugar para uma passarela.

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Como o Portal do Alex Braga também mostrou, o lixão é alvo de denúncias, críticas e ações na Justiça, pode ameaçar de vez a região onde é erguido. Tanto na Assembleia Legislativa do Amazonas, onde Sinésio Campos, genro de Juliano, tem mandato, quanto na Câmara Municipal de Manaus, o lixão foi alvo de protestos.
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“E mesmo com posicionamentos, processos sobre a construtora, a empresa insiste em montar um aterro na área de APP. As imagens que mostrei em vídeo, são imagens desta segunda-feira. O local segue com homens dia e noite trabalhando”, disse o vereador Lissandro Breval.
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“Ali já acontece um crime gravíssimo e não podemos admitir um esgoto a céu aberto diante de toda a grandiosidade do ativo ambiental que temos ali no Tarumã Açu. Precisamos convocar as empresas responsáveis por esse crime e achar um remédio jurídico urgentemente”, concluiu Breval.
