O advogado Cristiano Zanin Martins foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), por 21 votos a 5, nesta quarta-feira, 21.
O indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 80% de aceitação, mais votos que os atuais ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Edson Fachin e Gilmar Mendes, quando foram sabatinados pelo colegiado. A votação foi secreta. A análise segue, agora, para o plenário do Senado.
Dos membros da Suprema Corte, apenas Luiz Fux, indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2011, e Cármen Lúcia, por Lula em 2006, durante o primeiro mandato dele, tiveram todos os votos da CCJ favoráveis às suas nomeações ao STF.
Aos 47 anos, Zanin deve chegar ao STF após anos de projeção como advogado de Lula nos processos da Lava Jato. Partiu dele, por exemplo, o habeas corpus impetrado na Corte em 2021 que resultou na anulação das condenações do petista, com o reconhecimento da incompetência e da suspeição do então juiz Sergio Moro.
No início da sabatina, o advogado fez uma apresentação de cerca de 20 minutos na qual falou sobre sua vida pessoal, citou sua esposa Valeska Teixeira Zanin Martins, sua família e seus três filhos. Ele também citou a anulação das condenações de Lula e exaltou: “Sei a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro”. “Mas saibamos, senhoras senadoras e senhores senadores, que na verdade eu não vou mudar de lado depois. O meu lado sempre foi o mesmo, o lado da Constituição, das garantias, o lado direito de defesa e do devido processo legal.”